Hábitos dos anos 2000 remetem a um período em que a conexão discada, as lan houses e os CDs dominavam o cotidiano dos jovens. A rápida evolução tecnológica sepultou várias dessas práticas, que hoje soam estranhas para a nova geração.
Entre computadores escassos e internet lenta, adolescentes precisavam driblar limites de acesso e custo para navegar, jogar ou simplesmente ouvir música.
Hábitos dos anos 2000: 5 costumes adolescentes extintos
1. A maratona nas lan houses – No começo da década, ter um PC em casa era privilégio. Por isso, ir à lan house era a porta de entrada para a internet, partidas de Counter-Strike 1.6 e as comunidades do Orkut. A webcam coletiva rendia cenas inusitadas, já que outros clientes invariavelmente apareciam na tela.
2. Batalhas nos fliperamas – Máquinas de Street Fighter 2 faziam fila em salões onde 25 centavos garantiam minutos de diversão. O auge desses espaços no Brasil ocorreu entre os anos 1990 e 2000, antes de os consoles domésticos ganharem força.
3. Navegar de madrugada na internet discada – Conectar-se durante o dia custava caro: a linha telefônica ficava ocupada e a tarifa subia. Resultado: muitos adolescentes esperavam a tarifa reduzida da meia-noite ou os fins de semana para acessar a rede. Quando alguém precisava usar o telefone fixo, era obrigatório derrubar a conexão.
4. Gravar CDs cheios de MP3 – Sem streaming, a alternativa era baixar faixas individualmente e gravá-las em discos graváveis. Era comum levar a coletânea recém-queimada para tocar no aparelho de som ou no discman.
5. Downloads intermináveis – Um simples videoclipe podia levar quatro horas ou mais. O computador ficava ligado a noite inteira para completar o arquivo, reflexo das velocidades modestas oferecidas pelos provedores da época. Segundo a Wikipedia, a banda larga só se popularizou no Brasil a partir de 2004, acelerando a mudança de hábito.
As transformações tecnológicas tornaram instantâneas tarefas que exigiam paciência e criatividade duas décadas atrás. Porém, recordar esses rituais ajuda a entender a velocidade com que a inovação redefine o comportamento juvenil.
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