Guerra dos Mundos (2025) mostra como a família Radford trava invasão alienígena

Guerra dos Mundos (2025), produção disponível no Prime Video, apresenta uma versão contemporânea do clássico de H. G. Wells. A narrativa decorre inteiramente através de ecrãs de computadores e dispositivos móveis, acompanhando o analista da NSA William Radford (Ice Cube) no momento em que tripods alienígenas atacam infra-estruturas em todo o planeta.

Ameaça extraterrestre e vigilância doméstica

O enredo inicia-se quando gigantescos robôs aterrissam em várias cidades, desactivando comunicações e provocando apagões. Enquanto a agência de segurança nacional reage à crise, Will Radford recorre aos sistemas da NSA para monitorizar, sem consentimento, a filha grávida Faith, o filho Dave e o namorado de Faith, Mark. Esta decisão gera tensão familiar, mas Radford considera que o risco justifica a invasão de privacidade.

Paralelamente, um hacker identificado como Disruptor ameaça divulgar documentos secretos que ligam o governo federal à origem da invasão. A intervenção do pirata informático intensifica o clima de desconfiança em Washington, enquanto as forças armadas tentam conter os tripods.

Projecto Goliath exposto

À medida que a história avança, Radford descobre a existência do Projecto Goliath — iniciativa governamental que recolhe dados em larga escala sobre a humanidade e acerca dos próprios extraterrestres. Os tripods revelam-se máquinas híbridas que alimentam a sua inteligência consumindo informação digital.

A trama sofre uma reviravolta quando Will identifica o Disruptor: o filho Dave. O jovem integra um movimento clandestino que procura revelar Goliath ao público. O choque força pai e filho a colaborarem. Em conjunto, desenvolvem um vírus informático destinado a infectar os sistemas dos tripods, mas rapidamente percebem que o software não é suficiente para neutralizar organismos de natureza biológica e tecnológica.

Vírus genético como última defesa

A estratégia mudou quando Faith, bióloga dedicada a técnicas de reprogramação de ADN, propõe adaptar o código genético dos invasores. Com o tempo a escassear, a equipa improvisa um vírus biológico capaz de desencadear a autodestruição dos tripods.

Entretanto, o governo norte-americano prepara bombardeamentos em Washington e noutras zonas estratégicas para impedir que a informação sobre Goliath venha a público. Sem acesso a dispositivos de armazenamento, Radford conta com a ajuda de Mark, estafeta de encomendas, que utiliza um drone comercial para entregar o pendrive contendo o novo vírus dentro do complexo da NSA.

Clímax nos corredores da NSA

Num cenário de perseguições internas, Will transfere os dados para um servidor que acaba por ser absorvido pelos tripods. O vírus genético espalha-se, provocando falhas irreversíveis nas máquinas alienígenas, que entram em colapso. A operação impede o ataque aéreo planeado e põe termo à ofensiva extraterrestre.

No rescaldo, o director da agência, Briggs, é detido por ter ocultado informação crítica sobre a ameaça. A responsável da NASA, Sandra, assume a coordenação dos esforços de reconstrução global. Will rejeita uma nova proposta de trabalho na NSA para se dedicar à família, participando no chá-de-bebé de Faith e prometendo agora vigiar os antigos superiores.

Temas centrais abordados

A longa-metragem combina elementos de ficção científica e drama familiar. O argumento explora questões como a vigilância massiva, o uso indevido de dados pessoais e os dilemas éticos associados à segurança nacional. A utilização contínua de ecrãs como dispositivo narrativo reforça a discussão sobre exposição digital e privacidade.

Apesar da escala do conflito, o foco permanece na dinâmica entre pai e filhos, demonstrando como decisões tomadas em nome da protecção podem comprometer relações pessoais. A queda dos tripods resulta de uma colaboração que conjuga competências técnicas (Dave), científicas (Faith) e acesso institucional (Will), ilustrando a necessidade de cooperação entre gerações e áreas de conhecimento diante de ameaças complexas.

Com estes elementos, Guerra dos Mundos (2025) propõe uma leitura actualizada do clássico sobre invasões alienígenas, centrando-se no impacto da tecnologia tanto ao nível global como doméstico.

Imagem: tecmundo.com.br