Google critica Lei dos Mercados Digitais e pede reinício

Google critica Lei dos Mercados Digitais ao afirmar que as atuais regras impostas pela União Europeia prejudicam a segurança do Android e a experiência dos usuários. Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (25), a empresa uniu-se à Apple na defesa de um “reset” na legislação.
Segundo o Google, a Lei dos Mercados Digitais (DMA) obriga a desativação de proteções consideradas legítimas no sistema operacional, elevando o risco de golpes e a exposição a links maliciosos. A companhia também relatou queda de até 30% no tráfego de reservas diretas para companhias aéreas e redes de hotelaria, já que a norma força a exibição de sites intermediários em vez de links diretos.
Google critica Lei dos Mercados Digitais e pede reinício
Um estudo econômico citado pela big tech projeta perdas que podem alcançar €114 bilhões (cerca de R$ 712 bilhões) em vários setores europeus, caso o texto permaneça inalterado. Para a companhia, as amarras vão além do comércio eletrônico: lançamentos de recursos de inteligência artificial estariam sendo adiados, impedindo que consumidores europeus acessem “a tecnologia mais poderosa e recente”.
O comunicado reforça que “atender à DMA deveria melhorar os mercados digitais, e não comprometer segurança, integridade ou qualidade dos serviços”. Nesse contexto, o Google solicita que a aplicação das regras priorize a experiência do usuário, em vez de limitar funcionalidades essenciais de seus produtos.
A oposição das gigantes não surpreende. A DMA foi criada para conter o domínio de plataformas como Google, Apple, Amazon e Microsoft, promovendo concorrência e reduzindo práticas consideradas anticompetitivas. Especialistas lembram que a lei pode servir de modelo para reguladores em outras regiões, incluindo o Brasil, onde autoridades frequentemente se inspiram em decisões de Bruxelas.
Mais detalhes sobre a legislação podem ser consultados na página oficial da Comissão Europeia Digital Markets Act, que explica objetivos e obrigações impostas às chamadas “gatekeepers”.
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Crédito da imagem: Getty Images
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