Google permite destacar sites favoritos na secção Principais Notícias da Pesquisa

O Google disponibilizou um novo sistema de personalização que coloca os meios de comunicação preferidos do utilizador em destaque na área “Principais Notícias” da Pesquisa. A opção, chamada “fontes preferidas”, foi libertada esta terça-feira (12) para utilizadores nos Estados Unidos e na Índia.

Função já disponível em dois países

Ao pesquisar sobre um acontecimento, a Pesquisa apresenta normalmente um bloco com as manchetes mais relevantes. Com a atualização agora lançada, o utilizador pode escolher os portais que deseja ver primeiro. As publicações seleccionadas surgem assinaladas com um ícone em forma de estrela e podem, ainda, aparecer num carrossel separado baptizado “Das suas fontes”.

Para activar a funcionalidade, basta executar uma busca, tocar no ícone junto ao rótulo “Principais Notícias” e seleccionar os sites pretendidos. Após atualizar a página, os títulos desses meios passam a ter prioridade sempre que houver conteúdo novo relacionado com a pesquisa realizada. Não existe limite para o número de veículos escolhidos, e quem já participou nos testes iniciados em junho vê as preferências aplicadas de forma automática.

Personalização sem perder diversidade de fontes

Mesmo com a definição de fontes favoritas, as notícias provenientes de outros órgãos continuam a ser exibidas. Segundo o Google, a intenção é equilibrar personalização com diversidade editorial, permitindo, por exemplo, realçar um jornal local sem eliminar ligações a publicações nacionais ou internacionais.

Dados internos da empresa indicam que mais de metade dos utilizadores que experimentaram a novidade selecionou quatro ou mais fontes. O número sugere que os leitores não se limitam a uma única perspectiva, algo que a companhia pretende preservar ao manter o bloco aberto a vários meios.

Impacto na distribuição de tráfego

O lançamento ocorre num momento em que a indústria de media acompanha de perto os efeitos da inteligência artificial na Pesquisa. Numa publicação recente, Liz Reid, vice-presidente e responsável pela área, afirmou que o volume de cliques orgânicos enviados para sites se manteve estável em termos anuais. A executiva referiu ainda que o Google entrega hoje “um pouco mais de cliques de qualidade” — interacções em que o visitante permanece no site — do que há um ano.

A empresa contestou relatórios de terceiros que apontam para uma redução no tráfego proveniente do motor de busca, alegando que algumas análises utilizam metodologias incompletas ou ignoram alterações anteriores à introdução de recursos alimentados por IA, como os resumos “Visões Gerais de IA”.

Disponibilidade futura

Por enquanto, o Google não avançou calendário para a chegada das “fontes preferidas” a outros mercados. A expansão dependerá dos resultados obtidos nos Estados Unidos e na Índia, bem como do feedback de utilizadores e editores. A companhia sublinha que, até lá, quem acede à Pesquisa a partir de regiões fora destes dois países continuará a ver a secção “Principais Notícias” sem a opção de personalização.

Os testes públicos e os dados recolhidos até ao momento mostram, segundo o Google, que a nova ferramenta melhora a relevância das manchetes apresentadas, sem comprometer a variedade de fontes. A empresa espera que a funcionalidade possa reforçar a ligação entre leitores e publicações de confiança, ao mesmo tempo que mantém visibilidade para outros órgãos de comunicação.

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Imagem: Divulgação via olhardigital.com.br

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