Google manteve anúncios de Israel sobre comida em Gaza

Google manteve anúncios de Israel sobre comida em Gaza

Google manteve anúncios de Israel sobre comida em Gaza após receber um alto volume de denúncias que apontavam informações enganosas sobre a escassez de alimentos no território palestino. Um e-mail interno obtido pelo jornal norte-americano The Washington Post mostra que a equipe de Trust & Safety da empresa concluiu que os vídeos não infringiam as políticas de publicidade da plataforma.

Os anúncios, publicados pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel em agosto, exibem um mercado abastecido com frutas, pães e doces e trazem a frase: “Há comida em Gaza. Qualquer outra afirmação é uma mentira”. O material foi impulsionado em diversos idiomas e, só na versão em inglês, superou 7 milhões de visualizações.

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Google manteve anúncios de Israel sobre comida em Gaza

De acordo com o memorando interno datado de 4 de setembro, as áreas jurídica e de segurança do Google avaliaram que o conteúdo não se enquadrava nas regras contra declarações enganosas ou sensíveis. A decisão foi mantida mesmo após novas queixas, incluindo uma denúncia formal da agência estatal polonesa NASK que classificava as peças como manipuladas.

Pressão de organizações e funcionários

Diante dos alertas da ONU sobre a rápida expansão da fome em Gaza, organizações humanitárias e governos de Austrália, Canadá, Japão e União Europeia pediram a Israel a ampliação imediata do fluxo de ajuda. Internamente, o grupo de funcionários No Tech for Apartheid afirma ter enviado mais de 50 mil reclamações solicitando a remoção dos anúncios.

Gravações anteriores e acessibilidade limitada

Análise do Post identificou que as imagens foram registradas em julho, quando as primeiras cargas de mantimentos voltaram a entrar na região após meses de bloqueio. Segundo o fotojornalista palestino Majdi Fathi, autor das filmagens originais, os alimentos exibidos estavam disponíveis a preços elevados, inacessíveis à maioria dos moradores.

Campanha digital milionária

Documentos citados pelo site Drop Site News indicam que Israel reservou ao menos US$ 45 milhões para publicidade no YouTube em 2025, parte de uma estratégia para influenciar a narrativa sobre a crise humanitária. O mesmo conteúdo foi distribuído no X (ex-Twitter) e em redes da Meta.

Em nota ao Post, o porta-voz do Google, Michael Aciman, reforçou que a companhia “possui políticas claras” e remove anúncios que violem suas diretrizes, mas não comentou se novas revisões serão realizadas nestes casos específicos.

Para saber como as grandes plataformas vêm enfrentando desafios de moderação e propaganda, acompanhe a editoria de Notícias e tendências do nosso site. Continue informado e compartilhe esta reportagem.

Imagem: Reprodução/YouTube

zairasilva

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