Golpe de Sextorsão: entenda a ameaça de vazamento de nudes e aprenda a se proteger
E-mails que pressionam usuários a pagar quantias em dinheiro para evitar a divulgação de fotos íntimas voltaram a circular com força e, na maioria dos casos, tratam-se do golpe conhecido como Sextortion Scam.
O que é o Sextortion Scam
O termo combina as palavras “sex” e “extortion” e descreve a prática de extorsão ligada a material sexual. A fraude ocorre quando golpistas ameaçam expor nudes supostamente obtidos das vítimas, exigindo pagamento para evitar a divulgação.
No passado, a expressão era reservada a situações em que invasores possuíam de fato imagens privadas. Atualmente, o golpe costuma ser aplicado sem nenhum arquivo real, explorando o medo e a vergonha para induzir o depósito de valores.
Mensagens do tipo são elaboradas em massa e enviadas para listas extensas de contatos. Os autores simulam um ataque hacker, usam linguagem técnica e incluem detalhes genéricos, como referências a vírus fictícios, para reforçar a falsa narrativa.
Com frequência, o e-mail cita senhas antigas obtidas em vazamentos prévios, detalhe usado para dar credibilidade à ameaça. Também é comum a exigência de pagamento em criptomoedas, meio que dificulta o rastreio pelas autoridades.
Sinais de que a mensagem é falsa
Domínio suspeito: remetentes com terminações estranhas, muitas vezes ligadas a outros países — por exemplo, “.cn” — indicam alto risco de fraude.
Ausência de criptografia: quando o provedor sinaliza que o e-mail não foi criptografado, é provável que se trate de spam ou tentativa de golpe.
Sem provas concretas: falta de prints, vídeos ou arquivos apontados como comprometedores demonstra que o remetente não possui o material alegado.
Remetente forjado: alguns golpistas mascaram o endereço e fazem a mensagem parecer enviada pela própria conta da vítima. Conferir a pasta “Enviados” ajuda a confirmar a falsificação.
Como agir ao receber a ameaça
Primeiro, evite responder ou realizar qualquer pagamento. Apressar-se aumenta o risco de fornecer recursos a criminosos que não detêm arquivos reais.
Revise cada detalhe citado na mensagem. Se surgirem os sinais descritos — domínio desconhecido, falta de criptografia, ausência de provas ou remetente falsificado — a probabilidade de fraude é elevada.
Jamais clique em links nem baixe anexos. Esses componentes podem conter malwares capazes de capturar dados pessoais ou instalar programas espiões no dispositivo.
Marque a mensagem como spam ou phishing. Esse procedimento auxilia o provedor a bloquear novos contatos do mesmo remetente e reduz a chegada de e-mails semelhantes.
Em seguida, altere todas as senhas associadas a contas citadas no e-mail, priorizando a criação de combinações complexas e únicas. Quando possível, ative a autenticação em dois fatores para dificultar invasões futuras.
Caso as ameaças persistam, registre boletim de ocorrência na delegacia local. O relato formal ajuda a polícia a monitorar a prática e a coletar provas que podem levar à identificação dos envolvidos.