GNL canadense pode abastecer Alemanha em até 5 anos

GNL canadense pode abastecer Alemanha em até 5 anos

GNL canadense pode abastecer Alemanha em até 5 anos é a meta revelada pelo primeiro-ministro Mark Carney, que aposta em novos terminais portuários e linhas de escoamento para viabilizar as exportações de gás natural liquefeito ao mercado europeu.

GNL canadense pode abastecer Alemanha em até 5 anos

Falando em Berlim ao lado do chanceler alemão Friedrich Merz, Carney informou que seu governo anunciará, nas próximas duas semanas, recursos para ampliar o porto de Contrecoeur, em Montreal, e revitalizar o porto de Churchill, no norte de Manitoba. O último é considerado peça-chave para criar uma nova rota de exportação de GNL rumo à Europa.

De acordo com o ministro da Energia, Tim Hodgson, o plano apresentado a potenciais compradores alemães prevê carregamentos em um prazo “tão curto quanto cinco anos”. Ele argumenta que a guerra na Ucrânia e a demanda prolongada por combustíveis de transição tornaram o GNL canadense um negócio mais atrativo.

Otimismo semelhante, porém, não é unânime. Adam Pankratz, da Sauder School of Business da Universidade da Colúmbia Britânica, lembra que projetos anteriores emperraram diante de licenças, custos e resistência local. “Até vermos mudanças concretas, não há motivo para tomar a palavra do governo como garantia”, disse.

Atualmente, o Canadá concentra seis terminais de GNL em obra ou licenciamento na Colúmbia Britânica, todos voltados para a Ásia. O primeiro deles, em Kitimat, iniciou embarques em junho com capacidade de 14 milhões de toneladas anuais. Já as tentativas de criar saídas pelo Atlântico enfrentaram entraves: o projeto em Saint John (New Brunswick) foi cancelado em 2023, e a proposta no Saguenay (Quebec) foi barrada em 2021.

Mesmo assim, o premiê de Quebec, François Legault, diz que a população está mais receptiva a empreendimentos fósseis, e negocia com a norueguesa Marinvest Energy para um terminal na Côte-Nord. Qualquer iniciativa, lembra Carney, deverá cumprir exigências ambientais, garantir o apoio de povos indígenas e municípios e passar pelo novo processo federal que promete licenças em até dois anos.

A pressa também se explica pela concorrência externa. Os Estados Unidos tornaram-se o maior exportador global de LNG em sete anos, segundo a Agência Internacional de Energia. Três novos terminais americanos devem elevar a capacidade em 50% até 2025, reforçando a pressão sobre o Canadá para acelerar seus próprios projetos.

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Crédito da imagem: Global News

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