Gigabyte lança AORUS RTX 5090 MASTER Ice com 32 GB e desempenho recorde
A Gigabyte iniciou a comercialização da AORUS RTX 5090 MASTER Ice no mercado brasileiro. O modelo recorre ao processador gráfico GeForce RTX 5090, topo de gama da Nvidia, e chega com especificações reforçadas para utilizadores que exigem o máximo desempenho em jogos a 4K ou fluxos de trabalho profissionais.
Design robusto e conector 12V-2×6
A placa mede cerca de 36 cm de comprimento e 15 cm de largura, dimensões que a colocam entre os modelos mais volumosos da categoria, embora compatíveis com várias caixas mid-tower. O arrefecimento utiliza três ventoinhas, dissipador de grandes dimensões, backplate metálico perfurado e vários heatpipes espessos.
A carcaça branca integra iluminação RGB e um pequeno ecrã LCD lateral que pode exibir GIFs, imagens ou dados operacionais, como temperatura. A alimentação faz-se através de um único conector 12V-2×6, capaz de fornecer até 600 W, substituindo o 12VHPWR usado na série anterior. A Gigabyte fornece na embalagem um suporte metálico para evitar empeno causado pelo peso do conjunto.
Arquitetura Blackwell com 32 GB GDDR7
Baseada na nova arquitetura Blackwell, a RTX 5090 emprega o GPU GB202 produzido em litografia de 5 nm (nó 4N da TSMC). Entre os destaques contam-se:
• 21 760 núcleos CUDA
• 170 SM, 680 Tensor Cores e 170 núcleos RT
• Frequência base de 2,01 GHz e boost até 2,41 GHz
• 32 GB de memória GDDR7 a 28 Gbps em interface de 512-bit, debitando 1 792 GB/s
• TGP de 575 W
A adoção do GDDR7 substitui o GDDR6X e aumenta significativamente a largura de banda, beneficiando cargas que dependem de texturas de alta resolução ou conjuntos de dados extensos. O volume de VRAM duplica face à geração anterior e pode ser explorado em aplicações de criação de conteúdos, simulação e IA.
Resultados de desempenho
Nos testes sintéticos, a AORUS RTX 5090 MASTER Ice ultrapassou em cerca de 90 % a RTX 5080 no Steel Nomad da 3DMark e praticamente duplicou a pontuação da Radeon RX 9070 XT. No Port Royal, dedicado a ray tracing, a vantagem manteve-se próxima desse patamar.
Em jogos a resolução 4K com definições máximas, todos os títulos analisados alcançaram médias superiores a 60 fps. Alan Wake 2 registou 81 fps sem técnicas de upscaling, enquanto Cyberpunk 2077 excedeu 100 fps com DLSS em modo equilibrado e ray tracing no máximo.
A chegada do DLSS 4 com Multi-Frame Generation (MFG) permitiu taxas ainda mais elevadas: em Cyberpunk 2077, a GPU variou entre 357 e 617 fps conforme o perfil 2× ou 4× do MFG. Em Alan Wake 2, o quadro médio ultrapassou 200 fps com o novo gerador de múltiplos fotogramas.
Consumo e temperatura
Os ensaios de stress identificaram um pico de 573 W, praticamente o limite do TGP indicado pela Nvidia. A fabricante recomenda fontes de alimentação de 1 000 W ou superiores. O calor gerado atingiu 77 °C em carga máxima, mas permaneceu abaixo de 70 °C durante sessões de jogo prolongadas graças ao sistema de refrigeração dimensionado para alta dissipação.
A Gigabyte sublinha a importância de encaixar corretamente o conector 12V-2×6 ou o adaptador incluído para evitar sobreaquecimento do cabo, problema reportado em ligações mal ajustadas na geração anterior.
Preço e público-alvo
A AORUS RTX 5090 MASTER Ice está listada entre R$ 17 000 e R$ 25 000, conforme a região e a disponibilidade, com o preço sugerido da marca a rondar os R$ 20 000. O valor posiciona-a como a placa gráfica mais cara à venda no país e restringe o público-alvo a entusiastas com orçamento elevado ou profissionais que necessitem de aceleração massiva em tarefas de renderização, modelação 3D, simulação científica ou aprendizagem automática.
Combinando o maior GPU doméstico da Nvidia, 32 GB de memória GDDR7 e um sistema de arrefecimento de topo, a AORUS RTX 5090 MASTER Ice estabelece um novo patamar de desempenho no segmento consumidor, mas o investimento exigido torna-a uma solução de nicho, adequada sobretudo a cenários em que cada segundo de processamento faz diferença.

Imagem: tecmundo.com.br