Gemini 2.5 demonstrou supremacia sobre 139 equipes humanas ao conquistar a medalha de ouro na International Collegiate Programming Contest (ICPC), uma das competições acadêmicas mais prestigiadas do planeta. O modelo de inteligência artificial do Google foi o único a solucionar um problema algorítmico que permaneceu sem resposta para todos os times universitários.
Na final realizada em 18 de setembro de 2025, cerca de 3 000 universidades de 103 países tiveram cinco horas para responder a 12 desafios. O sistema do Google, configurado especialmente para o evento, resolveu 10 deles em 677 minutos, sendo que oito foram entregues em apenas 45 minutos — desempenho que colocou a IA na liderança do placar.
Gemini 2.5 supera humanos e vence ouro na ICPC
O ponto alto foi o “Problema C”, cujo objetivo era definir a configuração ideal de dutos para encher reservatórios no menor tempo possível, considerando infinitas combinações de abertura e fechamento. Enquanto nenhum competidor humano encontrou a saída, o Gemini 2.5 recorreu a uma estratégia que combinou atribuição de prioridades aos reservatórios, programação dinâmica e o teorema minimax. Com uma busca ternária aninhada, o modelo chegou rapidamente ao fluxo ótimo, encerrando o impasse.
A versão utilizada, batizada de Deep Think, difere da que é disponibilizada a assinantes comuns: ela opera com acesso completo aos parâmetros de treinamento e rodou em um ambiente virtual supervisionado pelos organizadores da ICPC. Segundo o Google, apenas clientes do plano Google AI Ultra, avaliado em R$ 1.209,90 mensais, podem testar o mesmo poder de processamento fora do torneio.
A organização da ICPC confirmou, em nota publicada em seu portal oficial (https://icpc.global/), que o desempenho do modelo respeitou todos os regulamentos, reforçando a discussão sobre o papel crescente da inteligência artificial em competições antes dominadas por estudantes.
A participação bem-sucedida do Gemini 2.5 aprofunda o debate sobre como sistemas especializados já conseguem extrapolar limites antes atribuídos exclusivamente ao raciocínio humano. Especialistas apontam que abordagens híbridas, nas quais humanos e IAs colaboram, podem se tornar padrão em desafios de alta complexidade.
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Crédito da imagem: Google/Reprodução