Gaza City: palestinos deixam Zeitoun sob novos ataques
Gaza City: palestinos deixam Zeitoun sob novos ataques
Gaza City: palestinos deixam Zeitoun sob novos ataques marca o mais recente capítulo de deslocamentos em massa no território, com milhares de moradores abandonando o bairro Zeitoun após quase uma semana de bombardeios ininterruptos da Força de Defesa de Israel (IDF), informou a prefeitura local, administrada pelo Hamas.
Gaza City: palestinos deixam Zeitoun sob novos ataques
O órgão de defesa civil de Gaza confirmou que pelo menos 40 pessoas morreram em toda a faixa apenas no sábado, enquanto descreveu a situação em Zeitoun como “catastrófica”. O bairro, onde vivem cerca de 50 mil pessoas, enfrenta escassez crítica de água e alimentos.
Em comunicado, o órgão israelense Cogat anunciou que permitirá novamente a entrada de barracas e materiais de abrigo, parte do plano de transferir até um milhão de civis da Cidade de Gaza para campos no sul. Segundo a prefeitura, a infraestrutura urbana já sofreu 80% de danos desde o início da ofensiva, e os quatro hospitais remanescentes operam com menos de 20% da capacidade por falta de suprimentos.
Enquanto isso, em Israel, está prevista para este domingo uma greve geral de um dia. A paralisação foi convocada por famílias de reféns e por grupos que temem que a expansão da guerra coloque em risco os israelenses ainda detidos pelo Hamas. O protesto ocorre uma semana depois de o gabinete de guerra ter aprovado a ocupação total de Gaza City.
Dados da ONU apontam que 1,9 milhão de habitantes – cerca de 90% da população de Gaza – já foram deslocados. Relatórios de especialistas apoiados pela organização alertam que o “pior cenário” de fome está em curso. No sábado, os hospitais registraram 11 novas mortes por desnutrição, elevando o total para 251, incluindo 108 crianças.
Casos como o de Marah Abu Zuhri, de 20 anos, reforçam a crise alimentar. Evacuada para tratamento na Itália, ela morreu 48 horas após desembarcar em Pisa devido a parada cardíaca provocada por perda extrema de peso, segundo o Hospital Universitário local.
Na comunidade internacional, nações como Reino Unido, União Europeia e Austrália divulgaram nota conjunta afirmando que “a fome está se desenrolando diante dos nossos olhos” e pediram ação imediata para reversão do quadro. A ONU mantém atualizados esses alertas em seu site oficial United Nations News.
O conflito teve início em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas matou cerca de 1,2 mil israelenses e sequestrou 251 pessoas. Desde então, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, calcula mais de 61 mil mortes palestinas, números considerados confiáveis pela ONU.
Para entender outros desdobramentos da guerra e seus impactos na região, confira a cobertura completa em nossa editoria de Notícias. Acompanhe e mantenha-se informado.
Crédito da imagem: Reuters

Imagem: Internet