Vazamento no Geekbench revela Galaxy Book 6 com novo Intel Core Ultra da família Panther Lake

Um registro recente na base de dados do Geekbench 6 trouxe à tona informações decisivas sobre a próxima geração de notebooks premium da Samsung. O resultado de teste não listado anteriormente aponta para um modelo identificado como Galaxy Book 6 equipado com um processador Intel da inédita linha Panther Lake. O achado confirma detalhes de arquitetura, número de núcleos, frequências de operação e recursos de inteligência artificial, além de indicar que o anúncio oficial pode ocorrer no intervalo habitual de lançamentos da marca, entre o fechamento de 2025 e o primeiro trimestre de 2026.

Detalhes essenciais do vazamento

O ponto central do registro é a presença do Intel Core Ultra 5 338H, componente ainda não anunciado publicamente pela fabricante de chips. O teste acusa um total de 12 núcleos híbridos distribuídos em três grupos: quatro voltados a desempenho máximo (cores de performance), quatro otimizados para eficiência (cores de eficiência) e outros quatro de baixo consumo energético. A frequência mínima registrada foi de 1,90 GHz, enquanto o pico em modo turbo chegou a 4,90 GHz.

Na parte gráfica, o processador traz uma unidade integrada identificada como Arc B370, baseada na microarquitetura Xe3, e contabiliza quatro núcleos gráficos dedicados. Apesar de a quantidade de unidades de execução não ter sido divulgada, o uso da nomenclatura Arc indica suporte a recursos modernos, como aceleração por hardware para ray tracing.

O teste do Geekbench foi executado em um sistema com 32 GB de memória, sugerindo que os protótipos do Galaxy Book 6 já circulam com configurações de RAM generosas, adequadas a cargas de trabalho que mesclam produtividade, criação de conteúdo e aplicações de IA local.

Comparação com a geração anterior

A leitura dos dados vazados permite traçar um paralelo com o Core Ultra 5 255H, chip da geração anterior sobre o qual recaem as expectativas de sucessor direto. Enquanto o modelo de 2024 operava com 16 núcleos híbridos, a versão Panther Lake revelada agora adota 12, reorganizados em proporções distintas. Mesmo com redução numérica, a Intel sinaliza avanços estruturais que prometem retomar ganhos de desempenho por watt, objetivo declarado pela companhia para a nova leva de processadores.

Arquitetura Panther Lake: foco em tiles e comunicação die-to-die

A série Panther Lake foi confirmada pela Intel como continuidade da estratégia de design em módulos, ou tiles. Esse formato facilita a combinação de blocos especializados — CPU, GPU, aceleradores de IA e controladores de E/S — conectados por enlaces de alta largura de banda die-to-die. Entre as melhorias listadas pela empresa estão:

• Introdução dos núcleos de performance Cougar Cove, projetados para impulsionar cargas intensas de processamento single-thread e multitarefa.
• Inclusão dos núcleos de eficiência Darkmont, que assumem processos de segundo plano e tarefas leves, reduzindo consumo energético.
• Versão topo de linha com 16 núcleos híbridos (4 P-Cores + 8 E-Cores + 4 núcleos de baixo consumo), demonstrando escalabilidade na mesma família.
• Compatibilidade com até 128 GB de memória DDR5, operando em velocidades de até 7 200 MT/s.

A abordagem modular prolonga a tendência de separar funções especializadas em silício dedicado, permitindo que a Intel aumente desempenho específico sem elevar indiscriminadamente o envelope térmico. Para fabricantes de notebooks, esse avanço se traduz em designs mais finos, autonomia superior e capacidade de execução de rotinas de IA sem depender de aceleradores externos.

Capacidades de inteligência artificial elevadas a 180 TOPS

Outro ponto que chama atenção é o teto de 180 TOPS (trilhões de operações por segundo) destinado a tarefas de IA. Esse volume computacional engloba o trabalho conjunto de CPU, GPU e, possivelmente, motores de IA dedicados incorporados ao pacote. Na prática, permite que softwares de geração de imagem, tradução simultânea ou aprimoramento de vídeo operem localmente, reduzindo latência e dispensando conexões constantes à nuvem.

A microarquitetura gráfica Xe3 amplia a lista de recursos ao adicionar mais aceleradores de ray tracing, totalizando 12 unidades nessa categoria. Para criadores de conteúdo 3D, editores de vídeo ou jogos ocasionais, a promessa é de renderizações mais rápidas e efeitos visuais aprimorados, mesmo em um notebook focado em mobilidade.

Conectividade de última geração

Os processadores Panther Lake mantêm compatibilidade com Wi-Fi 7, novo padrão de redes sem fio que amplia largura de banda e melhora o gerenciamento de interferências em ambientes congestionados. O suporte ao Thunderbolt 5 adiciona vias de comunicação de alta velocidade para monitores externos, eGPUs ou unidades de armazenamento NVMe externas, enquanto a adoção do Bluetooth 6.0 projeta menores latências em periféricos e áudio sem fio.

Ao reunir todos esses protocolos em um único SoC, a Intel busca simplificar o design interno dos notebooks e, ao mesmo tempo, estender sua vida útil, evitando que o consumidor encontre limitações de interface poucos anos após a compra.

Cronograma provável de anúncio do Galaxy Book 6

Historicamente, a Samsung apresenta novas séries Galaxy Book na virada de ano, muitas vezes alinhando o lançamento com grandes feiras do setor. A Consumer Electronics Show (CES) 2026, marcada para janeiro em Las Vegas, configura-se como palco plausível para a revelação oficial do Galaxy Book 6. Caso o cronograma se repita, o anúncio pode ocorrer nas semanas que antecedem o evento ou durante a própria feira, com chegada às prateleiras no primeiro trimestre de 2026.

O vazamento no Geekbench reforça essa janela temporal, pois uma amostra de engenharia já em teste público costuma preceder a produção em massa por alguns meses. Além disso, o fim do ano tradicionalmente representa a fase em que fabricantes finalizam especificações e iniciam campanhas de certificação junto a parceiros de software e componentes.

Panorama do mercado de notebooks para 2026

Com o encerramento de 2025 se aproximando, várias marcas se movimentam para renovar portfólios e atender à demanda por desempenho aliado à eficiência energética. A presença de processadores como o Panther Lake sinaliza uma disputa centrada em IA on-device, conectividade ampliada e avanços em gráficos integrados, elementos que configuram a próxima etapa da computação móvel.

Nesse contexto, o Galaxy Book 6 aparece como uma das primeiras vitrines de tais tecnologias. O modelo testado, munido de 32 GB de RAM e GPU Xe3, posiciona-se não apenas para tarefas cotidianas, mas também para fluxos de trabalho que envolvem machine learning, renderização leve e edição de vídeo.

Especificações principais confirmadas até o momento

Processador: Intel Core Ultra 5 338H (12 núcleos híbridos — 4P + 4E + 4 de baixo consumo)
Frequências: 1,90 GHz base; 4,90 GHz em modo turbo
Gráficos integrados: Intel Arc B370 (4 núcleos Xe3)
Memória testada: 32 GB (compatibilidade oficial até 128 GB DDR5-7200)
Aceleração de IA: 180 TOPS combinados
Conectividade: Wi-Fi 7, Thunderbolt 5, Bluetooth 6.0

O que ainda falta conhecer

Apesar do vazamento, permanecem em aberto variáveis fundamentais para o consumidor final. Entre elas, incluem-se as opções de telas, capacidade de bateria, configurações de armazenamento, faixas de preço e disponibilidade regional. A Samsung costuma diversificar diagonais e tipos de painel — IPS ou AMOLED —, além de oferecer versões com suporte a caneta S Pen em segmentos específicos. Esses detalhes, porém, ainda não constam em documentos públicos.

No campo da Intel, falta oficializar a linha completa Panther Lake, bem como comunicar os valores de TDP, escalonamento de frequências em cada SKU e métricas de desempenho comparativo contra a geração anterior. Tais informações devem surgir em breve, acompanhadas de benchmarks independentes que confirmarão ou não as expectativas em torno dos novos núcleos Cougar Cove e Darkmont.

Até que ocorram anúncios formais, o registro no Geekbench cumpre o papel de indicar que o desenvolvimento do Galaxy Book 6 avança dentro do cronograma esperado e que a parceria entre Samsung e Intel continua focada em entregar notebooks finos, conectados e prontos para executar tarefas de inteligência artificial localmente, elemento que tende a dominar as especificações dos portáteis a partir de 2026.