Furacão Melissa alcança categoria 5 e ameaça Jamaica com ventos de até 300 km/h

Furacão Melissa alcança categoria 5 e ameaça Jamaica com ventos de até 300 km/h

Com ventos que podem chegar a 290 km/h, o furacão Melissa atravessa o mar do Caribe e coloca a Jamaica em estado de alerta máximo nesta terça-feira, 28. Classificado como categoria 5, o fenômeno concentra força rara para a região e é descrito como a tempestade mais intensa desde o início dos registros na ilha, há 174 anos. Antes mesmo de tocar o território jamaicano, a passagem do sistema já resultou em mortes, enchentes pontuais e queda de energia em diferentes pontos do Caribe.

Índice

Trajetória e intensidade do fenômeno

O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos registrou, na segunda-feira, 27, ventos sustentados de 260 km/h, confirmando a elevação do sistema à categoria 5. A projeção oficial indica aumento adicional de velocidade, alcançando picos de 290 km/h sobre a Jamaica e potencial de oscilar até 300 km/h em áreas expostas. O percurso previsto cruza a ilha de sudeste a norte, numa diagonal que expõe tanto áreas costeiras quanto regiões montanhosas a condições críticas de vento, chuva e maré de tempestade.

Na cronologia imediata, o Melissa ganhou força no centro-oeste do mar do Caribe, avançou em direção ao arquipélago jamaicano e segue trajetória que inclui Cuba ainda na noite desta terça. A expectativa, na sequência, é de aproximação às Bahamas na quarta-feira, consolidando um corredor de impacto que percorre três países em menos de 48 horas.

Jamaica: epicentro do alerta

Para a Jamaica, os prognósticos marcam o maior episódio meteorológico desde 1850, ano que inaugura o histórico oficial de tempestades na ilha. O governo local classifica o evento como a “tempestade do século” e admite que nenhuma estrutura em operação hoje foi projetada para suportar a pressão de um furacão de categoria 5. A capital, Kingston, figura entre os pontos mais vulneráveis em virtude da densidade populacional e da proximidade com o litoral.

Autoridades estimam maré de tempestade de até quatro metros na costa sul, um volume capaz de inundar vias, atingir primeiro andar de edificações e comprometer sistemas de saneamento. A intensidade combinada de vento e elevação do nível do mar amplia o risco de erosão, deslizamentos e isolamento de comunidades situadas em vales ou encostas.

Medidas de preparação e evacuação

Diante do prognóstico, ordens de evacuação obrigatória abrangem bairros inteiros de Kingston e localidades costeiras adjacentes. Pelo menos 900 abrigos públicos foram abertos para receber moradores deslocados. O planejamento oficial enfatiza a necessidade de migração antecipada, uma vez que a passagem de um furacão nesse patamar tende a bloquear estradas, derrubar pontes improvisadas e interromper comunicações terrestres.

A malha aeroportuária jamaicana suspendeu operações, reduzindo a circulação de passageiros e de carga. Serviços de transporte marítimo também foram interrompidos. A logística de abastecimento concentra-se agora em deslocamentos internos e na estocagem emergencial de água potável, alimentos e combustíveis em instalações críticas, como hospitais, delegacias e centros de abrigo.

Situação dos serviços de saúde

O Ministério da Saúde da Jamaica confirmou a transferência preventiva de pacientes alocados no térreo de unidades costeiras para os andares superiores. A medida busca minimizar o impacto de possíveis alagamentos sobre equipamentos médicos e sobre pessoas em condições frágeis de mobilidade. Hospitais em Kingston e em outras cidades litorâneas operam geradores de reserva, já que cortes de energia foram registrados antes da chegada do olho da tempestade.

Ocorrências prévias e vítimas registradas

A instabilidade provocada pelos sistemas externos do furacão gerou deslizamentos de terra, queda de árvores e apagões na Jamaica, resultando em três mortes confirmadas. No âmbito regional, o fenômeno e suas bandas de chuva causaram outras quatro fatalidades: três no Haiti e na República Dominicana e uma pessoa ainda desaparecida. No total, sete óbitos já são atribuídos à passagem do Melissa pelo Caribe.

Os incidentes ocorreram principalmente em cenários de alagamento repentino e desabamento de moradias vulneráveis, típicas de zonas de encosta menos estruturadas. Relatos preliminares apontam para condições adversas de visibilidade e para a força do vento como fatores determinantes nos acidentes.

Riscos acumulados: vento, chuva e maré de tempestade

Além da velocidade extrema do vento, o furacão carrega precipitação volumosa e maré de tempestade capaz de ultrapassar quatro metros no litoral sul jamaicano. A combinação dessas variáveis cria risco elevado de enchentes em áreas urbanas, transbordamento de rios e rompimento de encostas saturadas pela chuva. A topografia irregular da ilha, com rodovias que serpenteiam morros e vales, agrava o potencial de isolamento de comunidades.

Especialistas do setor de Defesa Civil alertam para a possibilidade de marés penetrando quilômetros terra adentro, afetando sistemas de água doce e instalações elétricas próximas à costa. O acúmulo de detritos lançados pelos ventos pode obstruir canais de drenagem e retardar a retirada da água após a passagem do núcleo do furacão.

Cuba mobiliza evacuações em massa

O mesmo sistema que ameaça a Jamaica deve alcançar o território cubano nas primeiras horas da noite. Estimativas oficiais apontam para deslocamento imediato de cerca de 600 mil pessoas. As províncias de Granma, Santiago de Cuba, Guantánamo e Holguín encontram-se sob alerta de furacão, enquanto Las Tunas mantém aviso de tempestade tropical. Em algumas áreas, a projeção de chuva chega a 51 centímetros, potencial suficiente para desencadear enchentes rápidas e ampliar o volume de rios locais.

As autoridades cubanas concentram esforços na proteção de plantações, na redistribuição de estoques de alimentos e na remoção de embarcações de pequeno porte dos portos. Escolas, igrejas e instalações comunitárias foram convertidas em centros de abrigo provisório, replicando o protocolo já ativado na Jamaica.

Bahamas na rota de quarta-feira

Com a travessia de Cuba, as projeções apontam para deslocamento do Melissa rumo às Bahamas na noite de quarta-feira. Embora a previsão detalhada de ventos e chuvas para o arquipélago ainda esteja em revisão, a experiência recente indica que o sistema chegará ainda com intensidade significativa, dado o curto intervalo de tempo entre um território e outro.

O governo bahamense iniciou campanhas de orientação pública, destacando rotas de evacuação e pontos de abrigo elevados. As equipes de emergência permanecem em prontidão para fechar aeroportos e suspender serviços marítimos assim que os parâmetros de vento ultrapassarem limites operacionais.

Escala regional de impactos

Somados, Jamaica, Cuba e Bahamas somam dezenas de milhões de habitantes expostos direta ou indiretamente aos efeitos do furacão. O deslocamento simultâneo de populações, a sobrecarga de redes elétricas e a interrupção de cadeias de suprimento representam desafios logísticos de grande escala para os três governos. O avanço do sistema ao longo de ilhas com infraestrutura heterogênea aumenta a complexidade das operações humanitárias e do restabelecimento de serviços essenciais.

No curto prazo, os órgãos de meteorologia e defesa civil permanecem concentrados em alertar a população sobre a evolução da tempestade, reforçando a necessidade de cumprimento das ordens de evacuação. O foco operacional recai sobre a preservação de vidas, a proteção de hospitais e a criação de corredores seguros para a distribuição de insumos após a passagem do núcleo do furacão.

Ainda que projeções indiquem enfraquecimento gradual do Melissa após cruzar territórios montanhosos, a intensidade atual de categoria 5 confirma que os impactos primários ocorrerão em máxima potência sobre a Jamaica e em níveis severos sobre Cuba e Bahamas. O balanço completo de danos humanos e materiais só poderá ser realizado quando as condições permitirem o acesso das equipes de resgate às áreas mais atingidas.

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