Fomepizol: antídoto eficaz contra intoxicação por metanol

Fomepizol: antídoto eficaz contra intoxicação por metanol

Fomepizol: antídoto eficaz contra intoxicação por metanol ganha destaque após a confirmação de bebidas adulteradas em bares e casas noturnas de São Paulo, que resultaram em mortes, internações graves e casos de cegueira.

Com a repercussão, o Governo Federal acionou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para viabilizar a importação urgente do fomepizol, já que o medicamento não possui registro no Brasil nem está disponível para venda no mercado nacional.

Índice

Fomepizol: antídoto eficaz contra intoxicação por metanol

Incluso na lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial da Saúde (OMS) e aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) desde 1997, o fomepizol é considerado droga órfã, com produção limitada em poucos países. Segundo a Anvisa, dois fabricantes japoneses confirmaram estoque e possibilidade de entrega rápida para atender à demanda emergencial.

Como o antídoto age no organismo

O medicamento atua bloqueando a enzima álcool desidrogenase (ADH), responsável por metabolizar o metanol no fígado e no estômago. Ao inibir essa enzima, o fomepizol impede que o metanol se converta em formaldeído e ácido fórmico, compostos altamente tóxicos que comprometem células, provocam náuseas, vômitos, danos neurológicos, perda de visão e até óbito.

Sem a ação da ADH, o metanol permanece inalterado e é eliminado pelo organismo; sua meia-vida pode chegar a 71 horas, mas cai drasticamente quando o antídoto é administrado. A aplicação é intravenosa e restrita ao ambiente hospitalar.

Quem pode receber o fomepizol

O FDA não recomenda o uso do remédio em lactantes, gestantes ou pacientes com doença renal. Também faltam dados conclusivos para crianças, idosos e portadores de insuficiência hepática. Entre 11% e 14% dos pacientes relatam efeitos adversos leves, como dor de cabeça, tontura e náusea.

Etanol ainda é alternativa de emergência

Enquanto o fomepizol não chega, hospitais utilizam etanol absoluto como opção temporária; ele também inibe a ADH, porém provoca intoxicação alcoólica em doses terapêuticas e age mais lentamente. A OMS detalha ambas as abordagens em seu Modelo de Lista de Medicamentos Essenciais (WHO).

O Ministério da Saúde definiu recentemente critérios para identificar casos suspeitos de intoxicação por metanol, reforçando a importância de identificação precoce e acesso rápido ao antídoto.

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