Ferida coçando na cicatrização: entenda quando é normal

Ferida coçando na cicatrização: entenda quando é normal

Ferida coçando na cicatrização é um fenômeno frequente e, na maioria dos casos, indica que o organismo está reparando o tecido lesionado. Mesmo assim, é preciso diferenciar a coceira fisiológica de sinais que sugerem infecção ou outras complicações.

Ferida coçando na cicatrização: entenda quando é normal

Após um corte, queimadura ou incisão cirúrgica, o corpo inicia três possíveis formas de cicatrização: primária, secundária ou terciária. Independentemente do tipo, a fase inflamatória libera histamina e outras substâncias que ativam terminações nervosas e provocam o prurido. Esse processo costuma ser moderado e temporário, refletindo o bom funcionamento da resposta imunológica.

As feridas podem ser classificadas conforme origem (corte, abrasão, laceração, perfuração, incisão ou queimadura), grau de contaminação (limpa ou contaminada) e profundidade (simples ou complexa). A intensidade da coceira tende a variar de acordo com esses fatores, sendo mais acentuada em lesões extensas ou irregulares.

Apesar de comum, a coceira exige atenção quando se torna intensa, persistente ou acompanhada de sintomas como vermelhidão acentuada, secreção purulenta, aumento de volume, febre ou mal-estar. Nesses quadros, existe risco de infecção, formação de cicatriz hipertrófica, queloide ou reabertura da ferida.

Não coçar é a principal recomendação. Friccionar a área pode romper pontos, atrasar o fechamento e facilitar a entrada de bactérias. Para aliviar o desconforto, dermatologistas orientam compressas frias, hidratação cutânea e curativos protetores. Pomadas devem ser usadas somente com prescrição médica, pois princípios ativos inadequados podem irritar a pele ou retardar a cicatrização.

Algumas condições sistêmicas intensificam o prurido, entre elas diabetes, doença renal crônica, distúrbios hepáticos e alterações da tireoide. Já quadros dermatológicos como dermatite atópica, urticária e infecções fúngicas podem desencadear coceira localizada ou generalizada. Caso os sintomas persistam, a consulta médica é indispensável para avaliação da lesão e do estado de saúde global.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia reforça, em seu portal (https://www.dermatologia.org.br/), que a alimentação equilibrada, rica em proteínas, vitaminas A e C e zinco, favorece a produção de colágeno e acelera a regeneração dos tecidos.

Em resumo, a coceira é parte natural da cura, mas deve ser monitorada. Observe a evolução da ferida, mantenha higiene adequada e procure assistência se surgirem sinais de infecção ou se o prurido se tornar insuportável.

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Crédito da imagem: Andrii Spy_k/Shutterstock

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