Felca denuncia adultização infantil e sofre ameaças

Felca denuncia adultização infantil e sofre ameaças

Felca denuncia adultização infantil e sofre ameaças logo após publicar, em 6 de agosto, um vídeo de quase 50 minutos em que expõe a exploração de menores em redes sociais e o papel dos algoritmos na difusão desse material.

Felca denuncia adultização infantil e sofre ameaças

No conteúdo, o youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, mostra como é possível chegar a perfis com conotação sexual envolvendo crianças em poucos cliques no Instagram. Ele chama esse caminho de “algoritmo P”, referência ao modo como sistemas de recomendação conectam pedófilos a conteúdos ilegais.

Felca relatou ao programa Fantástico, da TV Globo, que a motivação veio de vivências pessoais com vítimas de abuso na infância. “Eu pensava em como consolar essas pessoas e comecei a estudar sobre o assunto”, disse. Desde então, passou a receber ameaças de morte, fato investigado pela Polícia Civil de São Paulo, onde o influenciador reside.

O vídeo cita o influenciador Hytalo Santos, criador de um “reality” com menores que incluía danças e supostas cenas de namoro. Após denúncias, perfis de Hytalo foram suspensos e, na sexta-feira (15), ele e o marido, Israel Nata Vicente, foram presos preventivamente em Carapicuíba (SP).

A repercussão atingiu Brasília. Parlamentares de vários partidos defenderam a votação urgente do Projeto de Lei 2628/2022, que cria regras para proteger crianças no ambiente digital, como verificação obrigatória de idade, controles parentais mais rígidos e retirada imediata de conteúdo sexual infantil. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), pautou a urgência; o parecer está com o deputado Jadyel Alencar.

Para o autor do texto, senador Alessandro Vieira (MDB), as plataformas priorizam lucro: “Elas sabem perfeitamente se é criança ou adulto e qual conteúdo circula, mas não priorizam a segurança”. A Meta informou ao Fantástico que remove material sexualizado com menores assim que detectado e aplica barreiras para impedir que adultos suspeitos achem perfis infantis.

Enquanto as investigações prosseguem, Felca afirma que não recuará: “Desculpa, não vou parar. O que faço é mais importante do que eu”.

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Crédito da imagem: Reprodução/YouTube

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