EUA negociam terras raras brasileiras em troca de alívio nas tarifas

Um representante da Casa Branca confirmou esta semana que Washington pretende incluir as terras raras brasileiras nas conversações comerciais com Brasília. A proposta passa por conceder reduções tarifárias aos produtos do Brasil em troca de acesso privilegiado aos minerais estratégicos.

Interesse estratégico norte-americano

Os Estados Unidos procuram diversificar o abastecimento de terras raras, elementos essenciais à produção de ímanes de alta potência, baterias para veículos eléctricos, turbinas e equipamentos aeroespaciais. Actualmente, a China domina cerca de 70 % da produção mundial e tem, por várias vezes, ameaçado limitar as exportações para o mercado norte-americano. A dependência de Pequim levou a administração de Donald Trump a explorar novas fontes, como a Ucrânia, a Gronelândia e, agora, o Brasil.

Reservas brasileiras e resposta de Lula

Dados do Serviço Geológico dos EUA indicam que o Brasil possui a segunda maior reserva conhecida de terras raras, atrás apenas da China, mas representa cerca de 1 % da extracção global. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu de imediato, sublinhando a soberania nacional sobre os recursos minerais e defendendo que qualquer parceria deve promover desenvolvimento tecnológico e industrial no país.

Impasse comercial

O governo norte-americano impôs tarifas sobre vários produtos brasileiros. Para Washington, o acesso às terras raras poderá funcionar como moeda de troca, abrindo caminho a um eventual recuo nesses encargos. Do lado brasileiro, a prioridade passa por atrair investimento que permita processar os minerais internamente, reduzindo custos e dependências externas.

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Imagem: Phawat via olhardigital.com.br

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