EUA atacam segundo barco venezuelano acusado de transportar drogas rumo ao território norte-americano, anunciou o ex-presidente Donald Trump nesta segunda-feira (data local).
Em publicação na rede Truth Social, Trump informou que o alvo, supostamente carregado com cocaína e fentanil, navegava em águas internacionais quando foi atingido por forças dos Estados Unidos, resultando na morte de três tripulantes.
EUA atacam segundo barco venezuelano de drogas, diz Trump
Segundo Trump, o bombardeio foi autorizado porque “cartéis extremamente violentos representam ameaça à segurança nacional”. O republicano relatou ter visto as imagens da operação ao lado do general Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto. Questionado por jornalistas sobre as provas, respondeu: “Basta olhar a carga espalhada pelo oceano: sacos de cocaína e fentanil por toda parte”.
Este é o segundo episódio semelhante em menos de duas semanas. O primeiro, também contra uma lancha proveniente da Venezuela, deixou 11 mortos. Na ocasião, a administração Trump alegou legítima defesa e classificou o grupo Tren de Aragua como organização terrorista.
A legalidade dos ataques tem sido contestada em Washington. Parlamentares democratas e alguns republicanos argumentam que o emprego das Forças Armadas para fins de policiamento pode extrapolar a autoridade do Executivo. Mesmo assim, o secretário de Estado Marco Rubio insiste que os cartéis “posam como governo” e precisam ser neutralizados com “todos os instrumentos de poder” dos EUA.
O governo de Nicolás Maduro não comentou imediatamente o novo bombardeio, mas, horas antes, acusou Washington de usar o tema do narcotráfico para justificar operações militares destinadas a intimidar Caracas e promover mudança de regime. Durante entrevista coletiva, Maduro citou uma suposta inspeção de 18 fuzileiros norte-americanos a um barco de pesca venezuelano no Caribe e classificou o ato como provocação.
A tensão cresce enquanto a Casa Branca promete manter a ofensiva. De acordo com análise da agência Reuters, autoridades norte-americanas preveem mais ações contra embarcações associadas ao tráfico sul-americano, sob a justificativa de bloquear o fluxo de entorpecentes.
Até o momento, Washington não confirmou se o Tren de Aragua também era o alvo da operação desta segunda-feira. Relatos da mídia norte-americana indicam que a primeira lancha teria feito meia-volta antes de ser atingida, informação que Rubio diz não poder verificar.
Autoridades de defesa norte-americanas ainda não divulgaram detalhes sobre o tipo de armamento empregado nem sobre a rota que o barco percorria. A Guarda Costeira e o Departamento de Defesa mantêm sigilo enquanto avaliam novos “alvos de alto valor” no Caribe.
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Crédito da imagem: AP Photo