Escorpiões, aranhas e cobras: conhece 7 animais peçonhentos que entram em casas no Brasil

Escorpiões, aranhas, centopeias e até serpentes conseguem invadir habitações em diferentes regiões do Brasil, sobretudo onde existem entulhos, esgotos ou áreas verdes próximas. A presença destes animais representa risco elevado sobretudo para crianças, idosos e pessoas com problemas de saúde.

Escorpiões adaptados ao ambiente urbano

Escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) – Predomina no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Reproduz-se por partenogénese, o que acelera a expansão nas cidades. Esconde-se em materiais de construção, sapatos ou garagens e alimenta-se de baratas. O veneno provoca dor intensa, vómitos, sudorese e pode levar a insuficiência respiratória em crianças.

Escorpião-marrom (Tityus bahiensis) – Presente no Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Costuma surgir após movimentação de terra perto de zonas verdes. Mede cerca de 7 cm, tem cor castanha avermelhada e causa dor, edema e, por vezes, sintomas neurológicos.

Aranhas mais frequentes dentro de casa

Aranha-marrom (Loxosceles spp.) – Discreta e de hábitos nocturnos, refugia-se atrás de móveis, rodapés ou em roupas guardadas. O veneno pode originar necrose cutânea, febre e mal-estar.

Aranha-armadeira (Phoneutria spp.) – Presente em todo o território, sobretudo Norte, Nordeste e Sudeste. Mede até 15 cm de envergadura e adopta postura de ataque com as patas dianteiras erguidas. O veneno é neurotóxico, causando dor intensa, taquicardia e, em casos raros, priapismo.

Viúva-negra (Latrodectus spp.) – Encontra-se em todas as regiões, prefere locais escuros e pouco movimentados. A picada provoca câimbras musculares, sudorese e, em situações graves, dificuldade respiratória.

Outros invertebrados peçonhentos

Lacraia (Scolopendra spp.) – Activa à noite e comum em ambientes quentes e húmidos. Pode atingir 20 cm. O veneno gera dor aguda, inchaço e reacções alérgicas que incluem dificuldade respiratória.

A serpente que invade zonas de Mata Atlântica

Jararaca-da-mata (Bothrops jararaca) – Ocorre na Bahia, Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste, sobretudo perto de terrenos baldios ou cursos de água. A coloração variável facilita a camuflagem. A mordedura provoca dor, edema, hemorragia e, em casos graves, necrose.

Manter a casa livre de entulho, vedar ralos, sacudir roupas e calçado antes de usar e reduzir a presença de insectos ajudam a diminuir a probabilidade de contacto com estes animais.

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Imagem: Hjalmar Turesson Wikimedia via olhardigital.com.br

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