Equinócio de primavera marca nesta segunda-feira, 22 de setembro, o instante em que o Sol cruza a Linha do Equador, deixando dia e noite quase com a mesma duração em todo o planeta.
O fenômeno ocorre duas vezes ao ano, no início da primavera e no início do outono, e resulta do alinhamento entre o eixo de rotação da Terra e sua órbita em torno do Sol. No hemisfério sul, o evento sinaliza o fim do inverno, enquanto no hemisfério norte inicia o outono.
Equinócio de primavera equilibra dia e noite hoje
Embora o nome, do latim “noite igual”, sugira equilíbrio perfeito, astrônomos apontam que o dia costuma ganhar até oito minutos extras de luz. Há duas razões principais: o Sol é visto como um disco — prolongando nascer e pôr — e a atmosfera refrata a luz, permitindo que o astro seja visível mesmo quando ainda está geometricamente abaixo do horizonte.
Por que o equilíbrio não é exato?
A refração atmosférica eleva visualmente o Sol cerca de 0,5° no horizonte, adiantando o nascer e atrasando o pôr. Para identificar o momento em que luz e escuridão realmente se igualam, cientistas utilizam o termo “equilux”, que varia conforme a latitude de cada local e tende a ocorrer poucos dias antes ou depois do equinócio.
Impacto global e variações anuais
Como o equinócio é um evento global, acontece simultaneamente em todo o planeta. A data, contudo, pode oscilar levemente de ano para ano devido às 6 horas extras da translação terrestre, ajustadas pelo ano bissexto. Em 2024, por exemplo, a primavera começou em 22 de setembro; já o equinócio de outono ocorreu em 19 de março.
Outra curiosidade é que, nesses dias, o Sol nasce exatamente no leste e se põe exatamente no oeste, facilitando a orientação geográfica a olho nu. A última ocorrência semelhante foi observada no equinócio de março, quando o hemisfério sul ingressou no outono.
Para mais detalhes científicos, o portal EarthSky disponibiliza gráficos interativos que ilustram a inclinação terrestre e a distribuição da luz solar ao longo do ano.
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Crédito da imagem: KajaNi/Shutterstock
