Edifício do governo em Kyiv foi atingido pela primeira vez desde o início da invasão russa, informou neste domingo (10) a primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Svyrydenko. O telhado e os andares superiores da sede do gabinete de ministros ficaram destruídos, enquanto equipes de bombeiros combateram chamas visíveis a quilômetros de distância.
Na mesma madrugada, um bebê e uma jovem morreram quando um míssil atingiu um prédio de nove andares no distrito de Svyatoshynsky, segundo a administração militar da capital. A força aérea ucraniana relatou um recorde de mais de 800 drones e mísseis lançados pela Rússia, dos quais nove mísseis e 56 drones atingiram 37 alvos em todo o país.
Edifício do governo em Kyiv é alvo russo pela primeira vez
O presidente Volodymyr Zelensky classificou o bombardeio como “crime deliberado” e cobrou “vontade política do mundo” para conter Moscou. Para analistas militares, o ataque ao coração administrativo da Ucrânia tem valor simbólico e contraria declarações recentes do presidente russo Vladimir Putin sobre negociações de paz.
Helicópteros lançaram água sobre o prédio governamental, localizado na área mais protegida da capital, próxima ao Parlamento e ao palácio presidencial. O prefeito Vitaly Klitschko afirmou que destroços de um drone abatido iniciaram o incêndio. Ele também confirmou a morte de uma idosa que se abrigava em um porão.
Fora de Kyiv, 17 pessoas ficaram feridas em Zaporizhzhia após explosões que danificaram uma creche e residências. Em Novopavlivka, um bombardeio aéreo matou uma mulher e deixou um homem desaparecido. Mortes adicionais foram registradas nas regiões de Sumy e Chernihiv, enquanto três instalações de infraestrutura foram atingidas em Kryvyi Rih, cidade natal de Zelensky.
Moscou não comentou os ataques contra a Ucrânia, mas o Ministério da Defesa russo disse ter interceptado 69 drones ucranianos em território russo. Segundo o comandante das forças de drones de Kiev, um posto de bombeamento do oleoduto Druzhba, na região de Bryansk, foi danificado por aeronaves não tripuladas ucranianas.
Detalhes sobre a ofensiva podem ser conferidos no relatório da BBC News, que acompanha os desdobramentos do conflito desde 2022.
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Crédito da imagem: Getty Images