Eclipses de 2026: datas, horários e visibilidade dos quatro fenômenos astronômicos do ano

Os eclipses de 2026 já têm calendário definido: serão quatro ocorrências, distribuídas entre fevereiro e agosto, que abrangem dois eventos solares e dois lunares. Cada fenômeno apresenta características próprias de duração, tipo e área de visibilidade, definindo se o observador estará diante de uma totalidade, de um “Anel de Fogo” ou apenas de um escurecimento parcial do astro.
- Visão geral dos eclipses de 2026
- Eclipses de 2026: definições essenciais
- Eclipse solar anular de 17 de fevereiro de 2026
- Eclipse lunar total de 3 de março de 2026
- Eclipse solar total de 12 de agosto de 2026
- Eclipse lunar parcial de 27 e 28 de agosto de 2026
- Depois dos eclipses de 2026: o eclipse anular no Carnaval de 2027
Visão geral dos eclipses de 2026
O ano concentra quatro eclipses, iniciando com um solar anular em 17 de fevereiro e encerrando com um lunar parcial entre 27 e 28 de agosto. A lista completa inclui:
• 17 de fevereiro – eclipse solar anular
• 3 de março – eclipse lunar total
• 12 de agosto – eclipse solar total
• 27/28 de agosto – eclipse lunar parcial
Dois fenômenos ocorrem no primeiro trimestre e dois no terceiro, alternando tipos solares e lunares. Essa distribuição oferece oportunidades distintas de observação, embora nenhuma das fases de totalidade seja plenamente visível do território brasileiro em 2026.
Eclipses de 2026: definições essenciais
Para compreender cada data, é útil revisar o que diferencia os fenômenos:
Eclipses solares sucedem quando a Lua se posiciona entre a Terra e o Sol, projetando sombra que pode bloquear a luz de forma parcial, total ou anular. Os três tipos principais são:
• Parcial: somente parte do disco solar é encoberta.
• Anular: a Lua fica alinhada, mas seu diâmetro aparente menor deixa visível um círculo luminoso – o Anel de Fogo.
• Total: o Sol é ocultado por completo, mergulhando a região em breve escuridão.
Há ainda o eclipse solar híbrido, que combina trechos anulares e totais, fenômeno referido no registro de abril de 2023.
Eclipses lunares ocorrem quando a Terra se intercala entre o Sol e a Lua, projetando sua sombra sobre o satélite. Os formatos são:
• Total: a Lua é coberta integralmente, gerando a tonalidade avermelhada conhecida como Lua de Sangue.
• Parcial: apenas parcela do disco lunar fica escurecida.
• Penumbral: o escurecimento é sutil, acinzentando a superfície.
Eclipse solar anular de 17 de fevereiro de 2026
O primeiro dos eclipses de 2026 acontece na terça-feira de Carnaval, entre 06h56 e 11h27 (horário de Brasília). A fase anular, em que o Anel de Fogo se forma, percorrerá exclusivamente o Hemisfério Sul, cruzando o interior da Antártida. As regiões de visibilidade parcial incluem:
• Extremo sul da América do Sul;
• Sul do continente africano;
• Sul de Madagascar;
• Extensas áreas dos oceanos Antártico, Índico e Atlântico Sul.
No Brasil, nenhum estado estará dentro da faixa anular ou sequer da parcial, impossibilitando a observação direta. A data, porém, chama atenção por coincidir com a folia carnavalesca, reforçando a curiosidade em torno de um “dia que vira noite” – condição que somente um eclipse total poderia oferecer.
Eclipse lunar total de 3 de março de 2026
Menos de três semanas depois, outro dos eclipses de 2026 ocorre entre 05h44 e 11h23 (horário de Brasília). Neste caso trata-se de um eclipse lunar total. A fase completa será plenamente vista sobre o Oceano Pacífico, leste da Ásia, Austrália, Nova Zelândia e a porção oeste da América do Norte.
No Brasil, o fenômeno coincide com o amanhecer. A Lua estará se pondo no horizonte oeste exatamente quando a totalidade se desenrolar, o que limita a experiência nacional:
• Regiões Norte e Centro-Oeste: poderão acompanhar o início da fase parcial, percebendo a sombra da Terra avançar antes do ocaso lunar.
• Regiões Sul, Sudeste e Nordeste: verão apenas um eclipse penumbral, praticamente imperceptível a olho nu.
Em síntese, embora classificado como total, o evento oferecerá apenas indícios iniciais ao observador brasileiro, sem a projeção completa da Lua de Sangue sobre o céu nacional.
Eclipse solar total de 12 de agosto de 2026
O terceiro evento do calendário estende-se entre 15h34 e 19h57 (horário de Brasília) e apresenta o tão aguardado eclipse solar total. A totalidade abrangerá regiões de latitudes elevadas:
• Ártico;
• Groenlândia;
• Islândia;
• Norte da Espanha;
• Pequena faixa de Portugal.
O restante da Europa, o norte da África e o leste da América do Norte presenciarão o fenômeno como parcial. Mais uma vez, o território brasileiro ficará fora de qualquer zona de visibilidade. Diante dessa restrição, interessados em observar o Sol encoberto poderão recorrer a transmissões de centros astronômicos localizados nas áreas contempladas.
Eclipse lunar parcial de 27 e 28 de agosto de 2026
Encerrando a sequência, o eclipse lunar parcial tem intervalo previsto das 22h23 às 04h01 (horário de Brasília), atravessando a virada da noite de 27 para 28 de agosto. O Brasil, desta vez, encontra-se na área de melhor visibilidade, permitindo acompanhar todas as fases do fenômeno.
Como a ocorrência se dá durante a madrugada, a Lua estará posicionada alto no céu, facilitando a observação do avanço da sombra terrestre. Além de todo o território brasileiro, também terão boa visibilidade:
• América do Sul em geral;
• América do Norte completa;
• Europa e África.
A abrangência continental garante que o último dos eclipses de 2026 seja o mais acessível para observação a olho nu no país.
Embora nenhum dos eclipses de 2026 ofereça totalidade ou anularidade ao público brasileiro, o calendário já antecipa um espetáculo mais favorável no sábado de Carnaval de 6 de fevereiro de 2027. Na ocasião, a estreita faixa de anularidade atravessará partes do Sul do Brasil, proporcionando o Anel de Fogo a cidades como Santa Vitória do Palmar (RS), Pato Branco (PR) e Criciúma (SC). Fora dessa faixa, capitais como Rio de Janeiro alcançarão cerca de 90 % de cobertura solar, enquanto Roraima terá a menor porcentagem, de 7,7 %. Esse próximo alinhamento marca a data mais aguardada pelos observadores nacionais após o ciclo de 2026.

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