Dying Light The Beast renova a franquia, devolve protagonismo a Kyle Crane e estreia em agosto de 2025
A Techland apresentou Dying Light The Beast, novo capítulo da série de terror em primeira pessoa, com lançamento previsto para 21 de agosto de 2025 no PC, PlayStation 5 e Xbox Series S|X. O jogo foi mostrado em uma sessão de testes de aproximadamente quatro horas realizada em Los Angeles, permitindo observar mudanças estruturais que pretendem atrair tanto veteranos quanto estreantes.
Anunciado em agosto de 2024, o título marca o retorno de Kyle Crane, protagonista do primeiro Dying Light (2015). De acordo com a premissa, o personagem sobreviveu aos eventos da expansão The Following, mas foi submetido a experimentos conduzidos por um antagonista conhecido como Barão. O resultado é um Crane híbrido, parte humano e parte infectado, motivado por vingança e disposto a enfrentar novas ameaças em Castor Woods, cenário montanhoso que combina elementos de pequenas vilas alpinas com áreas florestais densas.
Castor Woods retoma um componente central da franquia: o parkour. O sistema de locomoção foi ampliado com movimentos mais dinâmicos, permitindo escalar paredes, saltar entre telhados e deslizar por corredores estreitos com sensação de peso ajustada. Durante a demonstração, repórteres notaram que algumas superfícies sugeriam ser escaláveis, mas se mostraram inacessíveis, o que provocou confrontos inesperados com hordas inimigas e gerou pedidos de refinamento à desenvolvedora.
O combate corpo a corpo recebeu atenção especial. Golpes aplicados contra zumbis exibem mutilações detalhadas, incluindo membros decepados, crânios esmagados e órgãos expostos após acertos críticos. A mesma sessão de testes identificou, porém, que ataques mais pesados exigem tempo de execução elevado, deixando o personagem vulnerável em disputas contra grupos numerosos. Segundo representantes da Techland, ajustes de balanceamento devem ser avaliados até o lançamento.
Uma novidade de destaque é o Modo Besta. Por estar parcialmente infectado, Crane acumula energia ao ferir adversários e pode liberar habilidades sobre-humanas quando a barra correspondente fica cheia. A progressão ocorre por meio de uma árvore dedicada: ao derrotar chefes denominados Quimeras, o protagonista coleta sangue infectado e desbloqueia melhorias permanentes, como ataques especiais ou aumento de resistência. Essa mecânica substitui o avanço baseado unicamente em pontos de experiência, oferecendo objetivos claros para evoluir.
Três Quimeras estavam disponíveis no teste; a última, chamada Névoa, apresentou padrão de combate mais complexo e exigiu múltiplas tentativas para ser superada. A impressão registrada por jornalistas é que a dificuldade reforça o caráter de sobrevivência, aproximando o ritmo de jogos desafiadores, mas pode ser revista caso o estúdio identifique barreiras excessivas.
O ciclo de dia e noite, característico da série, retorna com ênfase no terror. O escuro se mostra mais espesso graças aos recursos gráficos da geração atual, limitando a visibilidade do jogador à lanterna e destacando o contraste entre sombras e fontes de luz ultravioleta. Efeitos sonoros ampliam a tensão, com gemidos distantes e passos que indicam a aproximação de Voláteis, inimigos letais que ganham força após o pôr do sol.
Além de evoluções técnicas, Dying Light The Beast apresenta problemas pontuais apontados durante a sessão: inteligência artificial inconsistente em alguns momentos, diálogos de NPCs considerados artificiais e trechos de parkour que podem confundir sobre a escalabilidade de objetos. A Techland informou que coletará o feedback para futuras correções.
O projeto nasceu como conteúdo adicional para Dying Light 2: Stay Human, mas vazamentos ocorridos em fases iniciais motivaram o estúdio a ampliar a produção e transformá-lo em título independente. A decisão, segundo representantes presentes no evento, permitiu expandir a narrativa e investir em sistemas inéditos, sem as limitações de uma simples atualização.
A campanha de divulgação inclui demonstrações controladas para a imprensa e, segundo a desenvolvedora, deverá incorporar outras ações antes do lançamento. A intenção é reacender a comunidade que acompanhou o primeiro jogo e alcançar novos públicos com a combinação de parkour, combate visceral e elementos de survival horror que definem a série.
Dying Light The Beast chegará simultaneamente às três plataformas e contará com legendas em diversos idiomas, incluindo português do Brasil. Informações sobre edições especiais, conteúdo pós-lançamento e requisitos de sistema para PC serão divulgadas em datas próximas à estreia.
Fonte: Voxel