Duquesa de York chamou Epstein de ‘amigo supremo’ em um e-mail de 2011 que reapareceu nesta segunda-feira, revelado pelos jornais britânicos The Sun e Mail on Sunday. Na mensagem, Sarah Ferguson tenta dissuadir o financista Jeffrey Epstein, já condenado por crimes sexuais, de abrir um processo por difamação contra ela.
A correspondência foi enviada poucas semanas depois de a ex-esposa do príncipe Andrew ter declarado publicamente que sua ligação com Epstein fora “um gigantesco erro de julgamento”. À época, a duquesa afirmara: “Abomino a pedofilia e qualquer abuso sexual de crianças”.
Duquesa de York chamou Epstein de ‘amigo supremo’
No e-mail, divulgado agora, Ferguson escreve: “Eu não usei, absolutamente, a palavra ‘p’ sobre você… Você sempre foi um amigo firme, generoso e supremo para mim e minha família”. Segundo o porta-voz da duquesa, a mensagem foi redigida sob orientação jurídica para tentar “acalmar” Epstein, que ameaçava processá-la após sentir-se associado à pedofilia nas declarações dela à imprensa.
O representante acrescentou que Ferguson mantém a condenação pública ao financista: “Assim que soube da gravidade das acusações, ela cortou contato e repudiou seus atos. Este e-mail não altera sua posição”.
Epstein havia sido condenado em 2008 por solicitar prostituição de menor e, em 2019, foi encontrado morto na prisão enquanto aguardava julgamento por tráfico sexual. A rede de relações do milionário, que incluía políticos e membros da realeza, continua atraindo escrutínio. Detalhes adicionais sobre esses vínculos voltaram à tona após a divulgação de documentos por um painel do Congresso dos EUA, conforme noticiado pela BBC.
O caso ecoa na família real britânica. O príncipe Andrew, ex-marido de Ferguson, acordou extrajudicialmente uma acusação de abuso conectada a Epstein, levando-o a se afastar de compromissos públicos e perder patrocínios militares e filantrópicos.
Para especialistas, o e-mail reforça como figuras públicas buscaram proteger reputações mesmo após a condenação de Epstein, indicando os esforços contínuos para controlar danos à imagem.
No centro da controvérsia, a Duquesa de York tenta agora explicar o contexto de suas palavras, reiterando solidariedade às vítimas e insistindo que sua relação com Epstein encerrou-se há mais de uma década.
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Crédito da imagem: EPA
