Distúrbios do sono elevam risco cardiovascular no Brasil

Distúrbios do sono elevam risco cardiovascular no Brasil são responsáveis por uma sobrecarga silenciosa ao coração, segundo pesquisadores. A pressão arterial que deveria cair durante a noite permanece alta, favorecendo hipertensão, arritmia e, em casos extremos, infarto.
<p Leva-se em conta levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que indica: mais de 70% dos brasileiros convivem com problemas para dormir. Esse percentual coloca o país entre os mais afetados por noites mal dormidas e suas consequências para a saúde.
Distúrbios do sono elevam risco cardiovascular no Brasil
Durante o repouso regular, a queda da pressão dá ao músculo cardíaco a oportunidade de se recuperar. Quando o sono é interrompido — seja por insônia, ronco intenso ou despertares frequentes — o corpo libera adrenalina e cortisol, hormônios de estresse que mantêm o coração em ritmo acelerado.
Além de prejudicar a circulação, essa resposta fisiológica aumenta a resistência à insulina e estimula inflamações nos vasos sanguíneos, abrindo caminho para diabetes e doenças coronárias.
A situação mais crítica é a apneia obstrutiva do sono. Nela, a musculatura da garganta relaxa, bloqueia o ar e o oxigênio sanguíneo despenca. Estima-se que um bilhão de pessoas no mundo enfrentem o problema, e metade dos pacientes com doença cardíaca apresenta esse distúrbio. Cada parada respiratória força o coração a compensar a falta de oxigênio, elevando o risco de insuficiência cardíaca.
Dormir pouco também desequilibra o controle da fome: a leptina, que gera saciedade, cai, enquanto a grelina, que estimula o apetite, sobe. O resultado é maior ingestão calórica e ganho de peso, fatores que fecham um ciclo vicioso, pois o excesso de gordura abdominal agrava a própria apneia.
Especialistas recomendam cuidar da “higiene do sono” para proteger o sistema cardiovascular. Entre as medidas listadas estão manter horários fixos de deitar e acordar, evitar telas luminosas uma hora antes de dormir, reduzir cafeína, álcool e tabaco à noite, criar ambiente escuro e silencioso e encerrar tarefas de trabalho duas horas antes de ir para a cama. Adultos precisam de seis a oito horas de descanso contínuo.
Em resumo, priorizar o sono é tão importante quanto exercitar-se e comer de forma equilibrada para manter o coração saudável. Se sinais como ronco alto, sonolência diurna ou despertares repentinos forem frequentes, a orientação é buscar avaliação médica.
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Crédito da imagem: iStock
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