Dinamarca chama embaixador dos EUA após ação na Groenlândia

Dinamarca chama embaixador dos EUA após ação na Groenlândia

Dinamarca chama embaixador dos EUA após ação na Groenlândia para pedir explicações sobre suposta operação de influência conduzida por aliados do ex-presidente Donald Trump no território autônomo.

Dinamarca chama embaixador dos EUA após ação na Groenlândia

O ministro das Relações Exteriores dinamarquês, Lars Løkke Rasmussen, convocou nesta quarta-feira (15) o encarregado de negócios dos Estados Unidos em Copenhague, depois que a emissora pública DR noticiou que ao menos três americanos ligados a Trump estariam atuando clandestinamente na Groenlândia.

Segundo a reportagem, baseada em oito fontes governamentais e de segurança na Dinamarca, na Groenlândia e nos EUA, um dos agentes teria elaborado uma lista de moradores favoráveis a Washington, além de catalogar opositores de Trump e coletar casos que pudessem desgastar a imagem de Copenhague na mídia norte-americana. Outros dois estariam buscando contato com políticos, empresários e líderes locais.

Desde 2019, Trump manifestou interesse em colocar a ilha ártica sob jurisdição norte-americana, chegando a mencionar a possibilidade de usar força militar para assumir o controle do território rico em minerais. Tanto a Dinamarca quanto o governo groenlandês reiteraram que a ilha “não está à venda”.

“Sabemos que atores estrangeiros mantêm interesse na Groenlândia. Qualquer tentativa de interferir nos assuntos internos do Reino é inaceitável”, declarou Rasmussen em nota. O chanceler acrescentou que a parceria entre Dinamarca e Groenlândia é “próxima e baseada em confiança mútua”.

Procurada, a embaixada dos EUA em Copenhague encaminhou as perguntas a Washington. Já o Serviço de Inteligência e Segurança Dinamarquês (PET) afirmou que a Groenlândia se tornou alvo de campanhas destinadas a criar fissuras na relação com Copenhague e que vem ampliando sua atuação no território em cooperação com autoridades locais.

Para especialistas, a localização estratégica da ilha no Ártico e suas reservas minerais atraem interesses de diversos países, incluindo membros da OTAN. Enquanto isso, legisladores groenlandeses reforçam que qualquer discussão sobre soberania deve passar pelo Parlamento local.

O desenrolar da convocação diplomática será acompanhado de perto, já que pode repercutir em futuras negociações entre os aliados da OTAN e influenciar a presença norte-americana na região.

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Crédito da imagem: Global News

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