Cygnus XL leva 4,99 t de suprimentos à ISS após atraso. A maior espaçonave de carga já produzida pela Northrop Grumman atracou na Estação Espacial Internacional (ISS) às 11h10 (horário de Brasília) desta quinta-feira (18), concluindo a missão NG-23 depois de um dia de adiamento causado por falha em propulsores.
O cargueiro batizado S.S. William “Willie” McCool foi capturado às 8h24 pelo astronauta da NASA Jonny Kim, que operou o braço robótico Canadarm2 quando o laboratório orbital sobrevoava a República Democrática do Congo a 420 km de altitude.
Cygnus XL leva 4,99 t de suprimentos à ISS após atraso
Lançada em 14 de setembro às 18h11, a missão partiu da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9. Trata-se da 23ª operação de reabastecimento da empresa para a NASA e a primeira a empregar a versão jumbo da Cygnus, 1,6 m mais longa e com capacidade ampliada em 30 %. Enquanto as gerações anteriores transportavam cerca de 3,85 t, a Cygnus XL carregou 4,99 t de experimentos, equipamentos e mantimentos.
Atraso exigiu replanejamento de trajetória
A chegada estava prevista para 17 de setembro, mas disparos incompletos de motor desviaram a rota. Bill Spetch, gerente de integração de operações da ISS, explicou durante a transmissão que foi necessário “um exercício de planejamento intricado” para garantir acoplamento seguro, o que consumiu quase 24 horas de análises adicionais de órbita.
Pesquisa científica ganha reforço
Segundo a NASA, a carga inclui materiais para produção de cristais semicondutores e farmacêuticos em microgravidade, um sistema de luz ultravioleta destinado a inibir crescimento microbiano em circuitos de água e componentes para testes em tanques criogênicos de combustível. Esses estudos podem contribuir para tratamentos contra câncer e para futuros veículos espaciais mais eficientes.
Homenagem a herói da exploração espacial
O nome do cargueiro presta tributo a William “Willie” McCool, piloto do ônibus espacial Columbia que perdeu a vida no acidente de 2003. “Sua vida continua a nos inspirar”, afirmou Jonny Kim ao concluir a manobra de captura.
A Cygnus XL permanecerá acoplada ao módulo Unity até março de 2026, quando será liberada para reentrada controlada e destruição na atmosfera terrestre, levando consigo resíduos gerados a bordo da ISS.
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Crédito da imagem: Divulgação/NASA
