Cruzeiro Victoria Cruises Line atrasa partida e frustra clientes

Cruzeiro Victoria Cruises Line atrasa partida e frustra clientes

Cruzeiro Victoria Cruises Line, anunciado como a primeira opção “acessível” de moradia em alto-mar, permanece ancorado no papel três anos após o lançamento da campanha publicitária. Cabines oferecidas a US$ 3.840 por mês para uma volta ao mundo de 36 meses atraíram viajantes de diversos países, mas a embarcação ainda não foi contratada.

Entre os afetados estão os australianos Dennis e Taryna Wawn, que depositaram US$ 10 mil em 2022 planejando passar a aposentadoria navegando por 115 países. O casal é parte de dezenas de clientes que agora tentam, sem sucesso, reaver o valor pago.

Cruzeiro Victoria Cruises Line atrasa partida e frustra clientes

A Victoria Cruises Line (VCL) afirma precisar de 80% de ocupação para fechar o charter do navio antes conhecido como Veendam, hoje Majestic. Enquanto isso, segue vendendo cabines e adiando a data de saída — a última, 26 de julho de 2025, também não se concretizou.

Alguns futuros “residentes” chegaram a vender casas, realocar animais de estimação e armazenar pertences, confiantes nas promessas de piscina, quadras de tênis e restaurantes a bordo. Uma investigação no estado de Utah, EUA, constatou que o porto de embarque anunciado não estava reservado e que supostos membros da tripulação jamais receberam propostas formais de trabalho.

A empresa nega irregularidades, sustenta que contratos previam a condição de lotação mínima e alega “razões administrativas” para reter 38 pedidos de reembolso. Também admite ter revisado cláusulas contratualmente, aplicando-as retroativamente, prática contestada judicialmente.

Registros comerciais mostram uma rede de empresas de fachada ligadas ao mesmo endereço em Budapeste e dívidas fiscais superiores a US$ 253 mil. Apesar disso, a VCL continua promovendo descontos e “flash sales” em anúncios no Facebook e Instagram. A Meta informa não ter identificado violações às suas políticas de anúncios enganosos.

Para o defensor do consumidor Adam Glezer, “o sonho vendido transformou-se em pesadelo”. Ele vê indícios de que os valores arrecadados somam milhões de dólares e critica as plataformas digitais por manterem a publicidade ativa. Matéria da BBC detalha as queixas e as ameaças legais enviadas pela empresa a clientes que expõem o caso (BBC).

Enquanto isso, muitos dos interessados desistiram da ideia de viver no mar. “Era a aventura perfeita para a aposentadoria, virou um trauma”, resume Taryna Wawn. Sem navio contratado, a promessa de morar em alto-mar permanece, por ora, apenas no prospecto.

Para acompanhar outras análises sobre negócios e tendências de consumo, visite nossa editoria Notíciase tendências e fique informado sobre os desdobramentos deste e de outros casos.

Crédito da imagem: BBC

zairasilva

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