Crânio de William Shakespeare continua envolto em mistério quatro séculos após a morte do dramaturgo inglês, apontam novas análises arqueológicas realizadas na igreja da Santíssima Trindade, em Stratford-upon-Avon.
Nascido em 1564 e falecido em 1616, o autor de Hamlet foi sepultado no mesmo templo onde foi batizado. O exame de radar de penetração no solo, conduzido pela Universidade de Staffordshire em 2016, revelou perturbações na sepultura que sugerem a remoção do crânio.
Crânio de William Shakespeare desapareceu, indicam estudos
Os pesquisadores, liderados pelo arqueólogo Kevin Colls, identificaram uma estrutura de tijolos incomum e material remexido dentro da cova rasa, contrariando a crença de que Shakespeare e sua esposa, Anne Hathaway, repousavam em uma cripta subterrânea. “Há sinais claros de escavação e recolocação de terra”, declarou Colls à época.
Lendas sobre o roubo do crânio circulam desde o século XIX. Um artigo de 1879 relata que ladrões de túmulos teriam levado a relíquia, alimentando rumores de que ela estaria guardada em uma igreja de Worcestershire. Investigação posterior confirmou que o esqueleto ali pertencente era de uma mulher, reforçando a incerteza sobre o paradeiro real dos restos mortais do escritor.
A maldição da lápide e teorias sobre a morte
A lápide do autor carrega um poema que amaldiçoa quem mover seus ossos, mas a ameaça não impediu possíveis saqueadores. Sobre a causa do óbito, versões apontam uma febre após noite de bebedeira com os colegas dramaturgos Michael Drayton e Ben Jonson; especialistas, porém, defendem que o poeta tenha sucumbido ao tifo, doença comum na época.
Até agora, nenhuma pista concreta indica onde o crânio de Shakespeare possa estar, e os arqueólogos consideram improvável recuperá-lo. Mais detalhes da investigação podem ser conferidos no portal IFLScience, referência internacional em divulgação científica.
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Crédito da imagem: Shiao Risu/Shutterstock