Covinhas no rosto: entenda por que apenas alguns as têm

Covinhas no rosto: entenda por que apenas alguns as têm figuram entre as características físicas mais associadas a charme e beleza, mas sua presença depende de fatores anatômicos e, possivelmente, genéticos. Embora não tenham função biológica definida, essas pequenas depressões naturais da pele despertam curiosidade e elogios em várias culturas.

As covinhas costumam aparecer nas bochechas quando sorrimos ou movimentamos os músculos faciais. Em algumas pessoas, no entanto, elas permanecem visíveis mesmo em repouso, variando de acordo com o formato do rosto e a distribuição de gordura subcutânea.

Covinhas no rosto: entenda por que apenas alguns as têm

O tipo facial influencia o aspecto das covinhas: rostos longos e estreitos tendem a exibir depressões mais finas, enquanto rostos curtos e largos apresentam covinhas arredondadas. Faces de proporções medianas são as que mais frequentemente mostram o traço bilateralmente, embora ele possa surgir de um único lado.

Além do sorriso: onde mais podem surgir

O fenômeno não se restringe às bochechas. No queixo, a covinha se mantém centralizada, visível sem qualquer expressão. Já na região lombar, as chamadas “covinhas de Vênus” — ou de Apolo, quando presentes em homens — surgem próximas à pelve e, apesar do nome mitológico, também não exercem papel funcional.

Anatomia muscular é a principal explicação

Nas bochechas, a causa mais aceita é a variação do músculo zigomático maior. Quando ele se bifurca em dois feixes, a contração puxa a pele para dentro e cria a depressão característica. Essa alteração estrutural fica evidente em tecidos móveis, por isso as covinhas se acentuam durante o sorriso.

Genética: dominante ou não?

A ideia de que as covinhas seriam um traço dominante passa por revisão. Estudos sugerem herança mais complexa, sem consenso sobre um gene único responsável. Pesquisadores do National Library of Medicine apontam que fatores ambientais e o desenvolvimento muscular ao longo da vida também influenciam a presença ou desaparecimento do sinal.

Permanentes e transitórias

Bebês podem nascer com covinhas que somem na infância, quando a gordura facial diminui e a musculatura cresce. Já em adultos, elas tendem a permanecer estáveis, a menos que alterações de peso ou cirurgias modifiquem a estrutura local.

No fim das contas, as covinhas no rosto representam uma combinação única de anatomia, possível herança genética e formato facial, o que explica por que apenas parte da população conta com esse detalhe considerado encantador.

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Crédito da imagem: Marina Demeshko (Shutterstock)

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