Governo da Zâmbia vence na Justiça, mas corpo de Edgar Lungu continua na África do Sul

Governo da Zâmbia vence na Justiça, mas corpo de Edgar Lungu continua na África do Sul

Lusaca, 20 ago. — Dois meses após a morte do ex-presidente da Zâmbia, Edgar Lungu, de 68 anos, a disputa sobre onde e como sepultá-lo continua sem solução. Embora um tribunal de Pretória tenha autorizado a repatriação dos restos mortais e a realização de um funeral de Estado, a família do ex-chefe de Estado recorreu da decisão, mantendo o corpo em território sul-africano.

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O que o tribunal decidiu

Na semana passada, a Justiça sul-africana atendeu a um pedido do governo zambiano e determinou que o corpo pode retornar ao país em nome do “interesse público”. A sentença contraria o desejo dos parentes, que pretendem conduzir o enterro sem a presença do atual presidente, Hakainde Hichilema.

A reação da família

Logo após o veredito, Bertha Lungu, irmã mais velha do ex-mandatário, reagiu com gritos e lágrimas dentro do tribunal. Ela acusou o procurador-geral da Zâmbia, Mulilo Kabesha, de ignorar a vontade expressa de Edgar Lungu de manter distância de Hichilema, seu rival político.

Recurso e novos prazos

Os familiares apresentaram recurso e aguardam nova audiência, marcada para segunda-feira (22). Segundo o porta-voz da família, Makebi Zulu, eles estão dispostos a aguardar “o tempo que for preciso” para garantir um enterro “digno e sem interferência” do atual presidente.

Origem do conflito

A animosidade entre Lungu e Hichilema remonta a 2017, quando o então líder da oposição passou mais de 100 dias preso por suposta traição, após sua comitiva, segundo a acusação, não ceder passagem ao comboio presidencial. Em 2021, Hichilema venceu Lungu nas urnas com ampla margem.

Posicionamento do governo

Apesar da resistência familiar, o governo insiste em um funeral oficial no Cemitério Embassy Park, local reservado a ex-presidentes. Kabesha chegou a afirmar que a cerimônia poderá ocorrer mesmo sem a presença dos parentes, caso eles se recusem a participar.

Críticas e temores

Para o historiador Sishuwa Sishuwa, da Universidade de Stellenbosch, a possibilidade de sepultamento sem envolvimento familiar é “culturalmente insensível” e aprofunda divisões políticas. Rumores de motivações ocultas, incluindo alegações de bruxaria, circulam em parte da opinião pública.

Sem previsão para o fim do impasse

Enquanto questões econômicas pressionam o país, a discussão sobre o destino do ex-presidente domina o debate nacional. Até que o recurso seja julgado, o corpo de Edgar Lungu permanecerá em Pretória, prolongando uma crise que nem a morte conseguiu encerrar.

O desfecho ainda é imprevisível, mas a audiência desta segunda-feira poderá definir se o ex-mandatário “volta para casa” com honras de Estado ou se a família conseguirá manter controle total sobre o funeral.

Com informações de BBC News

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Imagem: bbc.com

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