Coreia do Sul aceita acordo Trump-Kim sobre armas nucleares

Coreia do Sul aceita acordo Trump-Kim sobre armas nucleares é a posição anunciada pelo presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, que declarou à BBC que consideraria “uma medida emergencial” o congelamento do programa nuclear da Coreia do Norte, caso Washington e Pyongyang retomem as negociações.

Segundo Lee, o regime de Kim Jong Un produz entre 15 e 20 ogivas adicionais ao ano. Ele sustenta que impedir esse avanço, ainda que sem desmontar o arsenal existente, seria um passo “prático e realista” enquanto se mantém a meta de desnuclearização no longo prazo.

Coreia do Sul aceita acordo Trump-Kim sobre armas nucleares

O líder sul-coreano, no cargo desde junho, tenta reduzir a tensão que se intensificou durante o governo anterior. Ele afirma que o impasse persiste porque insistir em exigências máximas – como a entrega total do arsenal norte-coreano – mostrou-se infrutífero desde a interrupção do diálogo entre Donald Trump e Kim em 2019.

Diplomacia e equilíbrio regional

Lee acredita que Trump e Kim “ainda mantêm certo nível de confiança” e podem retomar entendimentos caso os EUA abandonem a exigência imediata de desnuclearização. Para Seul, essa possibilidade reforçaria a segurança global e abriria caminho a relações mais pacíficas na península.

Questionado sobre o papel da ONU, Lee admitiu limitações, já que China e Rússia bloqueiam sanções adicionais a Pyongyang no Conselho de Segurança. Ainda assim, considera a instituição relevante e vê pouca viabilidade em reformá-la no curto prazo.

Pressões de Pequim e Moscou

A crescente aproximação entre China, Rússia e Coreia do Norte, exibida no recente desfile militar em Pequim, coloca Seul “em posição delicada”, observou Lee. Ele reforçou a intenção de cooperar estreitamente com Estados Unidos e Japão, sem descartar diálogo futuro com Moscou.

Internamente, o presidente busca reconstruir a confiança após a tentativa de lei marcial promovida por seu antecessor, atualmente julgado. Entre as primeiras medidas, suspendeu transmissões de rádio direcionadas ao Norte, criticadas por ONGs, mas vistas por Lee como “de efeito quase nulo” frente ao risco de provocar Pyongyang.

No comércio, Lee enfrenta fricções com Washington após a detenção de trabalhadores coreanos nos EUA, episódio que, segundo ele, alerta empresas a “reavaliar investimentos”, mas também pode “fortalecer o diálogo” bilateral.

Resumo: Lee Jae Myung aposta no congelamento do arsenal norte-coreano como solução provisória, confia na reaproximação Trump-Kim e tenta equilibrar laços com EUA, China e Rússia. Para acompanhar outras análises sobre geopolítica e tecnologia, visite nossa editoria Notícias e Tendências e mantenha-se informado.

Crédito da imagem: Getty Images

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