Ciclone extratropical se afasta e cenário climático no Brasil aponta para maior estabilidade

Ciclone extratropical se afasta e cenário climático no Brasil aponta para maior estabilidade

O ciclone extratropical que provocou ventos intensos e chuva volumosa no Centro-Sul do Brasil durante a semana começa a se afastar do continente, modificando o padrão do tempo já a partir de quinta-feira, 11. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) apontam que o sistema, embora ainda alinhado à altura do Rio Grande do Sul, passou a se deslocar para alto-mar, reduzindo gradualmente o potencial de novas tempestades e de rajadas acima de 100 km/h.

Índice

Trajetória do ciclone: formação, ápice e deslocamento para o oceano

O desenvolvimento do ciclone extratropical teve início entre a tarde e a noite de segunda-feira, quando uma área de baixa pressão atmosférica se intensificou entre o sul do Paraguai, o nordeste da Argentina e o território gaúcho. Durante a madrugada de terça, o sistema se organizou e avançou de oeste para leste, cruzando o Rio Grande do Sul e alcançando a região de Porto Alegre no final do dia. A pressão muito baixa no centro do fenômeno favoreceu a amplificação das rajadas de vento, gerando nuvens cumulonimbus — típicas de temporais, granizo e microexplosões — e possibilitando até a formação de tornados.

No auge de sua atuação sobre o continente, o ciclone exibiu características capazes de desencadear tempestades severas. Rajadas superiores a 100 km/h foram registradas em vários pontos, sobretudo no Sul, marcando o momento de maior impacto do sistema. A partir de quarta-feira, o deslocamento em direção ao oceano começou a ganhar velocidade. Segundo o Inmet, o centro do sistema continuará seu avanço para leste, afastando-se da costa e perdendo a configuração organizada que mantinha a circulação intensa dos ventos.

Ciclone extratropical provoca ventos acima de 100 km/h no Sul e Sudeste

O ciclone extratropical deixou um rastro de estragos significativos. No Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, cidades relataram casas destelhadas, queda de árvores e acumulados de chuva superiores a 100 milímetros. No Sudeste, os ventos também foram expressivos: em São Paulo, as rajadas chegaram perto de 100 km/h na quarta-feira, derrubando árvores, provocando o cancelamento de voos e interrompendo o fornecimento de energia para mais de 2 milhões de imóveis. As áreas com impactos mais severos se concentraram em:

• Rio Grande do Sul
• Santa Catarina
• Paraná
• São Paulo
• Serra e sul do Rio de Janeiro
• Minas Gerais
• Goiás
• Parte de Mato Grosso do Sul
• Sul do Mato Grosso

A combinação de vento forte e chuva volumosa destacou a intensidade do sistema enquanto permaneceu próximo ao continente. Os efeitos adversos incluíram interrupção de serviços essenciais, danos a estruturas e transtornos nos transportes aéreo e terrestre.

Ciclone se afasta e previsão aponta tempo firme na Região Sul

Com o progressivo afastamento do ciclone extratropical, a tendência é de estabilização atmosférica nos três estados do Sul. A previsão indica tempo firme, baixa formação de nuvens e temperaturas em elevação. Em Porto Alegre, as máximas devem chegar a cerca de 19 °C, enquanto Curitiba e Florianópolis registram recuperação mais pronunciada, alcançando 25 °C e 28 °C, respectivamente. O enfraquecimento do sistema elimina a expectativa de novos episódios de vento intenso, permitindo que as atividades diárias voltem a ocorrer sem o risco de tempestades severas.

Impactos do ciclone em São Paulo e demais áreas do Sudeste

No Sudeste, o afastamento do fenômeno também colabora para um cenário mais ensolarado. São Paulo, Rio de Janeiro e o sul de Minas Gerais devem experimentar predomínio de sol e máximas próximas de 30 °C, marcando um contraste nítido com o início da semana, quando a instabilidade foi dominante. Ainda assim, o norte mineiro e o Espírito Santo podem registrar pancadas localizadas, mesmo sob calor mais acentuado. Esse resquício de instabilidade se deve à umidade residual deixada pelo sistema, mas sem a forte circulação de ventos que marcou os dias anteriores.

Cenário pós-ciclone: tendência de calor e pancadas isoladas no Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, o padrão também muda com rapidez. As temperaturas variam entre 24 °C e 32 °C, devolvendo a sensação de calor característica da estação. Entretanto, a previsão mantém a possibilidade de pancadas de chuva isoladas ao longo do dia, reflexo da umidade transportada pelo ar quente. No geral, a situação difere do pico de instabilidade observado quando o ciclone ainda vigorava próximo ao continente.

Processos atmosféricos que potencializaram o ciclone

A intensificação do ciclone extratropical ocorreu em um contexto conhecido como ciclogênese, processo em que a pressão atmosférica no centro de uma área de baixa pressão cai rapidamente. A queda acentuada da pressão intensifica o gradiente entre o centro do sistema e as áreas vizinhas, impulsionando ventos mais fortes. A presença de nuvens cumulonimbus — que podem produzir granizo, descargas elétricas e rajadas descendentes — reforçou o potencial de danos, sobretudo em áreas populosas.

Durante a ciclogênese, a interação entre massas de ar quente e frio gera instabilidade profunda. No caso desse sistema, o ar quente proveniente do norte encontrou ar mais frio vindo do sul, criando um ambiente propício para correntes ascendentes vigorosas. Essas correntes transportaram umidade para níveis mais altos da atmosfera, onde se condensou e formou as nuvens carregadas que resultaram em chuvas intensas.

Efeitos residuais e monitoramento das próximas 48 horas

Ainda que enfraquecido, o sistema permanece sob observação. O Inmet projeta que, na sexta-feira, 12, o centro do ciclone estará mais desconfigurado, reduzindo ainda mais a influência sobre o tempo continental. Até lá, rajadas pontuais podem ocorrer nas áreas mais próximas ao litoral gaúcho, mas sem a magnitude registrada nos dias anteriores. Os serviços de meteorologia recomendam acompanhamento das atualizações, sobretudo para atividades marítimas que possam ser afetadas pela circulação de ventos em alto-mar.

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