Cessar-fogo na Ucrânia será exigido por Trump em cúpula

Cessar-fogo na Ucrânia será exigido por Trump em cúpula é a condição que o presidente dos Estados Unidos pretende apresentar nesta sexta-feira (10) ao se encontrar com Vladimir Putin em Anchorage, no Alasca, reunião descrita por ambos os lados como de “altas apostas”.

Cessar-fogo na Ucrânia será exigido por Trump em cúpula

Ao embarcar no Air Force One rumo ao Alasca, Donald Trump declarou que ficará “desapontado” se o encontro não resultar em cessar-fogo imediato. “Quero que a matança pare”, afirmou a jornalistas, ressaltando que não negociará em nome de Kiev, mas exigirá o fim dos combates.

Putin chega ao diálogo após as tropas russas romperem linhas ucranianas na região de Donetsk, uma das quatro províncias anexadas em 2022. O Kremlin informou que a reunião começa às 11h30 locais (15h30 de Brasília) e pode abrir espaço para novo tratado nuclear com Washington.

Trump, que durante a campanha prometeu resolver a guerra em 24 horas se reeleito, admitiu que o conflito é “o mais complexo” entre as crises internacionais que enfrenta. Ele sinalizou possibilidade de conferência de imprensa conjunta, dependendo do resultado das tratativas.

Aliados europeus, Canadá e a diáspora ucraniana alertam para o risco de Kiev ser excluída das decisões. O presidente Volodymyr Zelenskyy reitera que ceder território é inaceitável, posição respaldada por Ottawa e União Europeia. Apesar disso, Trump sugeriu que o governo ucraniano “avaliará concessões” para alcançar a paz.

O líder norte-americano voltou a ameaçar “sanções severas” caso Moscou não demonstre vontade de negociar. Um pacote bipartidário contra a Rússia está parado no Senado dos EUA à espera de endosso presidencial. Para Putin, o convite ao Alasca rompe o isolamento diplomático impulsionado por Joe Biden e pode reabrir canais econômicos com o Ocidente.

Moscou busca aliviar a própria economia, pressionada por inflação alta e gastos militares. “Não faremos negócios enquanto a guerra não for resolvida”, disse Trump, sinalizando, porém, que acordos comerciais futuros são possíveis. Já Putin defende garantias de segurança à Ucrânia fora da OTAN, ponto sensível para Kiev.

De acordo com a agência Reuters, as Nações Unidas registraram em julho o maior número de vítimas civis desde maio de 2022, reforçando a urgência por um armistício.

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Crédito da imagem: Globalnews.ca

Imagem: Sean Boynt Global Ne