Cera de ouvido detecta sinais de câncer, indica estudo

Cera de ouvido detecta sinais de câncer, indica estudo

Cera de ouvido detecta sinais de câncer, indica estudo — A secreção que lubrifica e protege o canal auditivo começa a ganhar protagonismo nos laboratórios brasileiros. Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) e do Hospital Amaral Carvalho, em Jaú (SP), desenvolveram o “cerumenograma”, exame que analisa metabólitos presentes no cerúmen para identificar alterações celulares compatíveis com tumores.

Os cientistas avaliaram 531 pacientes oncológicos e 203 voluntários sem histórico da doença. Nas amostras dos primeiros, o teste confirmou a presença e o estágio do câncer; entre os demais, três casos ocultos foram detectados, dois com inflamações hipermetabólicas (no cólon e nos músculos zigomáticos) e um de recidiva tumoral que passara despercebido em exames convencionais.

Cera de ouvido detecta sinais de câncer, indica estudo

O cerumenograma utiliza cromatografia acoplada à espectrometria de massa para “desmontar” a cera de ouvido e quantificar metabólitos associados ao estresse oxidativo — processo ligado ao desenvolvimento de doenças como Parkinson, diabete e, sobretudo, câncer. Segundo a oncologista Patrícia Beato, responsável pelo projeto, o método também diferencia tumores benignos e malignos e verifica a eficácia de tratamentos em curso.

A pesquisa, publicada na revista Scientific Reports, reforça a busca por exames menos invasivos e de baixo custo para diagnóstico precoce de neoplasias. Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que a detecção antecipada aumenta significativamente as taxas de sobrevida, o que torna qualquer ferramenta complementar valiosa para a oncologia.

No Hospital Amaral Carvalho, cerca de 100 amostras de cerúmen são coletadas mensalmente para expandir a base de dados e validar o protocolo. Embora experimental, o cerumenograma desponta como alternativa promissora a exames tradicionais de sangue e imagem, podendo futuramente integrar rotinas de rastreamento populacional.

Em síntese, ampliar o leque de biomarcadores, como os achados na cera de ouvido, pode acelerar diagnósticos, orientar terapias e salvar vidas. Para acompanhar outras inovações médicas e tecnológicas, visite nossa editoria de Ciência e tecnologia e siga navegando por nossos conteúdos.

Imagem: fizkes/Shutterstock; Kim Kuperkova/Shutterstock

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