Casa Branca recebe líderes para definir futuro da Ucrânia
Casa Branca recebe líderes para definir futuro da Ucrânia
Casa Branca recebe líderes para definir futuro da Ucrânia nesta segunda-feira, num encontro que pode ter impacto maior que a recente cúpula EUA-Rússia no Alasca, de acordo com autoridades europeias.
Casa Branca recebe líderes para definir futuro da Ucrânia
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky chega a Washington acompanhado de Sir Keir Starmer, do Reino Unido, do presidente francês Emmanuel Macron, do chanceler alemão Friedrich Merz e de outros chefes de governo. O grupo pretende mostrar unidade e evitar que negociações bilaterais entre Estados Unidos e Rússia ignorem as exigências de Kiev.
Segundo fontes diplomáticas, o principal objetivo é convencer o presidente norte-americano Donald Trump de que qualquer acordo de paz requer participação direta da Ucrânia e deve vir amparado por “garantias de segurança à prova de bala”. Líderes europeus temem que a boa relação pessoal entre Trump e Vladimir Putin possa favorecer concessões ao Kremlin.
Durante a cúpula no Alasca, não houve anúncio de cessar-fogo, alívio de sanções ou avanços concretos. Moscou segue exigindo o controle definitivo do Donbass, região onde já ocupa cerca de 85% do território, além da Crimeia. Por outro lado, Zelensky reafirma que a Constituição ucraniana proíbe a cessão de terras.
A proposta em discussão, de acordo com diplomatas, envolve ceder parte do território em troca de garantias semelhantes ao Artigo 5 da OTAN, capazes de dissuadir futuras agressões russas. O desafio, porém, é político e moral: milhares de ucranianos morreram defendendo essas áreas, e especialistas militares alertam que Putin poderia recompor suas forças em três ou quatro anos.
O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, apelidado de “o sussurrador de Trump”, também participa das conversas. Ele, ao lado de Starmer, considerado influente sobre o presidente norte-americano, tentará costurar um compromisso que mantenha as fronteiras reconhecidas internacionalmente e garanta defesa aérea e marítima à Ucrânia.
Analistas lembram que, caso o conflito cesse sem um acordo robusto, pilotos de caças Typhoon ou F-35 poderão ser chamados a agir contra novas ofensivas russas – um cenário que nenhum governo ocidental deseja.
De acordo com reportagem da BBC, líderes europeus veem a reunião de hoje como “o momento da verdade” para a segurança do continente.
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Crédito da imagem: Getty Images

Imagem: Internet