Carros elétricos no Brasil: guia rápido de compra

Carros elétricos já não são exclusividade de luxo no Brasil: modelos como o BYD Dolphin Mini partem de R$ 119.990, enquanto um compacto a combustão, como o Fiat Mobi, custa R$ 80.060. A diferença diminuiu e, com 20.222 eletrificados vendidos em agosto de 2025, a dúvida sobre qual tecnologia escolher ficou mais presente no dia a dia do consumidor.
Para não se perder na sopa de siglas, vale lembrar: BEV é 100% elétrico, PHEV mistura bateria recarregável na tomada e motor a combustão, HEV carrega a bateria sozinho e HEV Flex faz isso usando etanol. Já o MHEV, o híbrido leve, reduz consumo mas não move o carro apenas com eletricidade.
Carros elétricos no Brasil: guia rápido de compra
Os números da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) mostram crescimento de 38% nas vendas de eletrificados em um ano, com recorde de 7.624 BEVs em agosto. Mesmo assim, a infraestrutura de recarga segue desigual: grandes centros concentram postos, enquanto regiões menos urbanizadas ainda enfrentam escassez.
No lado financeiro, baterias são o ponto de atenção. Embora a durabilidade avance, a troca continua cara. Quem teme esse gasto vem optando por aluguel de carros elétricos, tendência que permite testar a tecnologia antes de investir alto.
Híbridos flex ganham espaço
O híbrido leve, especialmente o HEV Flex, encaixa-se no “jeitinho brasileiro” de transição. Em agosto foram 2.245 emplacamentos, salto de 118% sobre julho de 2025. Ele alia etanol — combustível renovável já disponível em todo o território — a um pequeno motor elétrico, dispensando ponto de recarga e reduzindo emissões.
Combustão eficiente permanece relevante
Apesar da onda eletrificada, motores a combustão evoluíram. Turbos menores e injeção direta tornam modelos atuais até 20% mais econômicos que gerações passadas, e o uso de etanol segue como trunfo ambiental. Para quem busca preço inicial mais baixo e manutenção simples, ainda são opção sólida.
Cidade x estrada: desempenho muda de lugar
No trânsito urbano, veículos elétricos se destacam graças ao freio regenerativo, alcançando até 350 km com uma carga. Já na estrada, a autonomia pode cair para 280 km. Com os a combustão ocorre o inverso: gastam mais na cidade e economizam em rodovias de velocidade constante.
Em resumo, a escolha depende da rotina. Quem roda longas distâncias e prefere praticidade encontra nos híbridos flex um meio-termo atraente. Se a prioridade é economia no longo prazo e acesso fácil a carregadores, o elétrico desponta. Para custo inicial menor, a combustão ainda entrega o básico com eficiência crescente.
Quer mais análises sobre mobilidade e tecnologia? Visite nossa editoria de Ciência e tecnologia e fique por dentro das próximas tendências do setor automotivo.
Imagem: GettyImages
Postagens Relacionadas