Call of Duty Black Ops 7 aposta em zumbis, campanha cooperativa e visão em terceira pessoa

Lead – A Activision colocou Call of Duty Black Ops 7 entre os lançamentos mais aguardados de 2025 ao adotar um foco incomum para a série: zumbis, mecânicas de terceira pessoa e campanha totalmente cooperativa. O jogo, produzido em parceria com os estúdios internos da Microsoft, chega para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series, integrando o catálogo do Game Pass desde o primeiro dia.
- Quem está por trás do projeto
- O que o novo Black Ops oferece
- Quando e onde os eventos se passam
- Por que a campanha mudou de direção
- Como a campanha funciona na prática
- Personagens jogáveis e elenco
- Estrutura em mundo aberto e Endgame
- Integração entre visão em primeira e terceira pessoa
- Duração estimada
- Modo Zombies: três formatos no lançamento
- Progresso compartilhado entre modos
- Aspectos técnicos observados
- Limitações identificadas durante os testes
- Contexto competitivo em 2025
Quem está por trás do projeto
A publicação e o financiamento são conduzidos pela Activision, que agora faz parte da Microsoft Gaming. A iniciativa conta com a infraestrutura tecnológica dos estúdios responsáveis pelos capítulos anteriores da sub-série Black Ops. O investimento, reforçado pela nova proprietária, foi direcionado principalmente à expansão de conteúdo cooperativo e ao refinamento do modo Zumbis.
O que o novo Black Ops oferece
Black Ops 7 mantém o tripé tradicional da franquia — campanha, multiplayer e modo Zumbis —, mas reorganiza o peso de cada componente. A campanha, antes linear e focada em conflitos militares realistas, foi redesenhada para 12 missões cooperativas, com suporte para até quatro participantes ou jogo solo. O multiplayer competitivo continua presente, embora não estivesse disponível além do período de beta fechado durante o ciclo de pré-lançamento. O terceiro pilar é o Zombies, subdividido em três modalidades no lançamento: Padrão, Sobrevivência e Dead Ops Arcade 4.
Quando e onde os eventos se passam
Os acontecimentos da história ocorrem em 2035. A ambientação futurística serve de pano de fundo para dispositivos avançados — manto de invisibilidade, gancho retrátil, saltos ampliados — e para a atuação da organização antagonista Guilda, liderada pela CEO Emma Kagan. Boa parte da narrativa se desdobra em Avalon, área de mundo aberto convertida em território experimental da Guilda.
Por que a campanha mudou de direção
A estratégia de enfatizar o sobrenatural e o terror foi motivada por dois fatores apresentados pela própria editora: a necessidade de se diferenciar de Battlefield 6, que domina o nicho de guerra realista em 2025, e o histórico de boa recepção aos modos Zumbis dentro da base de fãs. Ao substituir longas sequências militares por confrontos contra mortos-vivos e criaturas mutantes, a Activision posiciona o título em um espaço mais próximo de franquias como Resident Evil e Left 4 Dead, explorando um território menos ocupado pelos concorrentes diretos.
Como a campanha funciona na prática
O modo principal pode ser iniciado sozinho ou em grupo, mas requer conexão permanente aos servidores. Não há opção de pausar nem de inserir bots que substituam companheiros humanos durante partidas individuais. Cada missão inclui objetivos variados, que vão de quebra-cabeças de hackeamento a batalhas contra chefes de grandes proporções. Entre um ponto e outro, o jogador utiliza recursos de mobilidade — wingsuit, teletransporte e o já citado gancho — para contornar hordas de inimigos, solucionar rotas alternativas ou obter vantagem tática.
Personagens jogáveis e elenco
A campanha apresenta quatro integrantes do JSOC:
• David “Section” Mason, interpretado por Milo Ventimiglia, filho de Alex Mason e principal elo com Black Ops 2;
• Eric Samuels, dublado por John Eric Bentley, analista tático e comunicador do esquadrão;
• Leilani “50/50” Tupuola, vivida por Frankie Adams, soldado equipada com implantes cibernéticos;
• Mike Harper, representado por Michael Rooker, veterano responsável pelo armamento pesado.
Todos os operadores compartilham o mesmo conjunto de habilidades; a diferença é puramente estética, refletindo o investimento em atores de renome.
Estrutura em mundo aberto e Endgame
Das 12 missões, 11 seguem um formato objetivo-a-objetivo tradicional. A décima segunda, intitulada Endgame, converte Avalon em um cenário de extração contínua. Nesse ponto, o esquadrão pode percorrer todo o mapa, coletar dados da Guilda, eliminar alvos específicos e solicitar evacuação em zonas delimitadas. A Activision sinaliza que novos conteúdos pós-lançamento serão inseridos diretamente nessa estrutura, mantendo a campanha ativa por meio do serviço live ops.
Integração entre visão em primeira e terceira pessoa
O jogo oficializa a câmera sobre o ombro como parte do cânone. É possível alternar entre primeira e terceira pessoa a qualquer momento, opção que se torna útil em áreas abertas de Avalon. Relatos de pré-lançamento indicam, entretanto, que a perspectiva externa exibe animações menos refinadas e ocasionais problemas de colisão, diferenciais que não afetam o modo clássico em primeira pessoa.
Duração estimada
De acordo com medições realizadas durante o acesso antecipado, completar as 11 missões lineares leva em torno de 10 horas em sessão solo. O tempo pode variar quando há quatro participantes, já que parte dos quebra-cabeças depende de colaboração simultânea.
Modo Zombies: três formatos no lançamento
Padrão – O maior mapa, Cinza dos Condenados, traz objetivos múltiplos, veículos e easter eggs. O avanço ocorre em rodadas, com power-ups e segredos distribuídos em áreas amplas.
Sobrevivência – Ambientado na fazenda Vandorn, concentra-se em espaços compactos, ciclos de hordas mais rápidos e eventual extração.
Dead Ops Arcade 4 – Revive a câmera aérea, inclui armamento exagerado e cenários humorísticos. Pela primeira vez, oferece alternância opcional para a perspectiva de primeira pessoa, transformando o fluxo em algo próximo de um boomer shooter.
Progresso compartilhado entre modos
Armas, skins e desbloqueios obtidos em Zombies ou na campanha são transferidos para o multiplayer competitivo e vice-versa. A funcionalidade busca manter engajados os jogadores que transitam entre experiências cooperativas e adversariais.
Aspectos técnicos observados
Testes em pré-lançamento, realizados em um PC equipado com placa gráfica RTX 5080, apontaram taxa de quadros estável e pacote completo de tecnologias gráficas contemporâneas. O áudio orquestrado recebeu destaque por reforçar o clima de blockbuster. Problemas persistentes da série também foram identificados: múltiplas telas de reinicialização no primeiro carregamento e menus sobrecarregados de elementos.
Limitações identificadas durante os testes
Campanha sempre online – A falta de pausa provoca perda de progresso quando o jogo fecha inesperadamente.
Ausência de IA aliada – Jogadores solo percorrem as missões sem apoio virtual, criando situações em que o protagonista verbaliza diálogos sem retorno de colegas em cena.
Polimento desigual – A visão em terceira pessoa apresenta bugs pontuais e menor qualidade de animação em comparação ao estilo de primeira pessoa.
Contexto competitivo em 2025
O lançamento ocorre em um ano dominado por Battlefield 6 no segmento de guerra realista e por títulos como ARC Raiders em experiências cooperativas de ficção científica. Para se distanciar dessa disputa, Black Ops 7 escolhe o caminho do terror leve e da fantasia, retomando a popularidade interna dos mortos-vivos e reforçando a familiaridade com franquias de survival horror. A abordagem procura atender jogadores que preferem ação arcade, mas não se identificam com a estética cartoon de jogos como Fortnite.
Com conteúdo cooperativo extenso, integração de progressão entre todos os modos e foco explícito em zumbis, Call of Duty Black Ops 7 posiciona-se como uma alternativa híbrida dentro da linha anual da série, propondo uma experiência que mescla tiro tradicional, mundo aberto e elementos de horror sobrenatural.

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