Brigitte Macron prova científica será apresentada a um tribunal dos Estados Unidos para confirmar que a primeira-dama da França é do sexo feminino, conforme ação por difamação movida pelo casal presidencial contra a comentarista norte-americana Candace Owens.
O processo, protocolado em julho, acusa Owens de sustentarem público a teoria de que Brigitte teria nascido homem. O advogado dos Macron, Tom Clare, adiantou que documentos médicos, possivelmente incluídos exames e fotos de gestações, comporão o dossiê que visa “desmentir categoricamente” a alegação.
Brigitte Macron prova científica em processo nos EUA
De acordo com a emissora britânica BBC, a defesa de Owens solicitou a rejeição da ação, mas Clare afirmou que o casal está “100 % disposto” a tornar as evidências públicas para encerrar o debate. Ele reconheceu que a exposição é desconfortável, porém necessária para proteger a honra da primeira-dama e afastar o tema da rotina do presidente Emmanuel Macron.
A controvérsia ganhou força durante a pandemia de COVID-19, quando youtubers franceses divulgaram teorias sobre a suposta identidade de gênero de Brigitte. Em 2024, esses criadores foram condenados por difamação na França, decisão posteriormente revogada em 2025 sob argumento de liberdade de expressão. Agora, o casal busca reparação em solo norte-americano, alegando que Owens ignorou provas fidedignas e amplificou conspirações.
“Trata-se de defender minha honra”, declarou Emmanuel Macron à revista Paris Match em agosto, ao afirmar que a comentarista agiu “com propósito de causar dano” e vínculos à extrema-direita. Owens, que soma 6,2 milhões de seguidores no Instagram, chegou a escrever na rede X que “apostaria toda a carreira” na veracidade de sua acusação.
O julgamento deverá ouvir peritos e, segundo Clare, contará com “testemunhos científicos”. A defesa não especificou quais exames serão apresentados, mas garantiu que as provas desmontam a narrativa espalhada pela influenciadora. Conforme o advogado, o impacto emocional na família presidencial é real, embora não comprometa as funções do chefe de Estado.
O caso chama atenção internacionalmente e reacende o debate sobre a responsabilidade de figuras públicas em disseminar informações falsas. Veículos como a BBC destacam que o resultado pode estabelecer parâmetros para processos de difamação envolvendo teorias conspiratórias nas redes sociais.
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Beata Zawrzel / Getty Images