Pequenas trocas de hardware podem preparar seu PC antigo para o Windows 11
Faltando pouco mais de um ano para o fim do suporte ampliado ao Windows 10, usuários com computadores mais antigos já avaliam como migrar para o Windows 11 sem precisar comprar uma máquina nova. Segundo a Microsoft, a atualização depende de requisitos de segurança e de uma lista oficial de processadores compatíveis, mas em muitos casos basta trocar poucos componentes para atender às regras.
Requisitos mínimos oficiais
O Windows 11 exige processador de 64 bits com dois núcleos a 1 GHz, 4 GB de RAM, 64 GB de armazenamento, firmware UEFI com Secure Boot e chip TPM 2.0. Grande parte dos PCs fabricados desde 2013 já possui UEFI e, a partir do fim de 2016, também passaram a contar com TPM 2.0. O maior obstáculo fica por conta da CPU: apenas modelos presentes nas listas publicadas pela Microsoft para Intel, AMD e Qualcomm são aceitos oficialmente.
Processador é o maior empecilho
Para uso doméstico, chips Intel anteriores à oitava geração (Coffee Lake) e CPUs AMD sem a arquitetura Zen não atendem à exigência. Assim, computadores com mais de sete anos, ainda que funcionem bem com Windows 10, são barrados no upgrade direto.
Ferramentas de verificação
O utilitário oficial PC Health Check e o freeware WhyNotWin11 mostram, com cores, quais itens estão aptos (verde), pendentes (amarelo) ou incompatíveis (vermelho). Frequentemente, o “x” vermelho aparece apenas no processador. Caso Secure Boot ou TPM apareçam como ausentes, vale checar as configurações do firmware UEFI, pois muitas placas trazem esses recursos desativados por padrão.
Troca de CPU Intel costuma exigir placa-mãe nova
Processadores soldados (BGA) não podem ser substituídos, mas modelos em soquete (LGA ou PGA) permitem upgrade. No ecossistema Intel, entretanto, gerações compatíveis com Windows 11 usam soquetes eletricamente diferentes dos antecessores, obrigando a troca da placa-mãe.
Um kit básico com placa-mãe LGA1700 (Asus Prime H610M, cerca de US$ 100) e um Core i5-14400 (aprox. US$ 140) já torna o sistema apto ao Windows 11 e ainda oferece salto de desempenho. Para orçamentos reduzidos, uma placa LGA1200 e um Core i5-11400F saem por volta de US$ 215 no total. Em ambos os casos, SSDs SATA ou M.2 existentes podem ser mantidos.
Plataforma AMD oferece caminho mais barato
Usuários com CPUs Ryzen até a primeira geração contam com vantagem: o soquete AM4 foi mantido até 2022. Assim, um Ryzen 7 1700 pode ser trocado por um Ryzen 7 5700 ou 5800XT (entre US$ 120 e US$ 180), sem necessidade de nova placa-mãe — bastando atualizar o BIOS/UEFI. Memória DDR4 e SSDs já instalados continuam válidos.
Quanto custa atualizar
Considerando placa-mãe, processador e, se necessário, 16 GB de DDR5, o investimento pode variar de US$ 200 a US$ 500 no lado Intel; com AMD, muitas vezes só o novo chip é suficiente. Fontes de alimentação atuais costumam suprir as novas placas, mas peças com mais de seis anos devem ser avaliadas.
Com essas substituições pontuais, PCs lançados há quase uma década ganham fôlego para rodar o Windows 11 de forma homologada, prolongando a vida útil do equipamento sem grandes gastos.
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Com informações de PCWorld

Imagem: Thomas Rau via pcworld.com