Atualização opcional do Windows 11 gera bug que multiplica o Gerenciador de Tarefas e sobrecarrega PCs

Lead – o que aconteceu: Um erro presente na atualização opcional KB5067036, liberada na terça-feira (28), faz com que o Gerenciador de Tarefas do Windows 11 se duplique sempre que o usuário tenta encerrá-lo pelo botão “X”. Em vez de finalizar a aplicação, o sistema mantém o processo original em segundo plano, cria instâncias adicionais e, como consequência, eleva o consumo de CPU e de memória RAM.
- Quem é afetado
- Quando e onde o bug foi identificado
- Como o erro se manifesta
- Consequências para desempenho
- Origem do problema na atualização KB5067036
- Soluções temporárias disponíveis
- Situação do reconhecimento oficial
- Contexto: outros incidentes recentes
- Restauração dos serviços em nuvem
- Correlação entre os acontecimentos
- Impacto na confiança do usuário
- Próximos passos esperados
Quem é afetado
O problema atinge usuários que instalaram a atualização facultativa KB5067036. Os relatos começaram a surgir em fóruns como Reddit e em publicações especializadas, incluindo veículos voltados a tecnologia. Como a distribuição desse tipo de update depende de ação manual, a falha se restringe, por ora, ao grupo que optou pela instalação.
Quando e onde o bug foi identificado
A distribuição do pacote ocorreu na terça-feira (28). Já na sequência, na mesma semana, diversos usuários relataram a anomalia. Não há restrição geográfica: qualquer computador executando Windows 11 e atualizado com o patch pode apresentar a duplicação do Gerenciador de Tarefas.
Como o erro se manifesta
O padrão observado é repetitivo: o usuário pressiona Ctrl + Alt + Del, abre o Gerenciador de Tarefas, realiza um ajuste ou apenas consulta informações e tenta fechar a janela clicando no ícone “X”. Em vez de finalizar o executável taskmgr.exe, o Windows cria uma cópia idêntica do aplicativo. A instância original permanece oculta em segundo plano; a nova janela é exibida normalmente. O usuário, ao tentar encerrar novamente, desencadeia outra duplicação, formando um ciclo que multiplica processos a cada tentativa de encerramento.
Consequências para desempenho
Cada instância adicional consome recursos. O executável ocupa por padrão memória para armazenar listagens de processos, guias, gráficos e demais elementos da interface. Em um cenário de uso intensivo, a multiplicação potencializa o gasto de RAM e impõe sobrecarga à CPU, sobretudo em máquinas com hardware mais modesto. Com diversos processos de taskmgr.exe ativos, há risco de lentidão geral, engasgos no sistema e, em casos extremos, travamento.
Origem do problema na atualização KB5067036
Segundo o descritivo do próprio patch, o objetivo principal era corrigir um tópico menor relacionado ao agrupamento de processos no Gerenciador de Tarefas. Contudo, a implementação do ajuste introduziu o comportamento inverso: em vez de refinar a exibição, passou a impedir o encerramento correto do aplicativo. Assim, o componente destinado a otimizar a experiência acabou desencadeando um bug de impacto maior.
Soluções temporárias disponíveis
Enquanto uma correção oficial não é distribuída, há dois métodos que impedem a multiplicação de janelas:
1. Encerrar manualmente dentro do próprio Gerenciador: com a aplicação aberta, o usuário pode localizar a entrada “Gerenciador de Tarefas” na lista de processos, selecionar e pressionar Encerrar tarefa. O comando remove todas as instâncias derivadas, mas exige atenção, pois a ação precisa ser executada da janela que ainda responde.
2. Utilizar o Prompt de Comando: abrir o utilitário em modo padrão ou administrador e digitar taskkill /im taskmgr.exe /f. O parâmetro /f força o encerramento, eliminando instantaneamente todos os processos de taskmgr.exe em execução.
Situação do reconhecimento oficial
Até o momento em que as primeiras reclamações foram catalogadas, não havia posicionamento formal da empresa responsável pelo sistema operacional. A ausência de confirmação não impede o desenvolvimento de um reparo; a provedora costuma publicar patches cumulativos mensais ou atualizações emergenciais quando a gravidade do defeito é considerada alta.
Contexto: outros incidentes recentes
A duplicação do Gerenciador de Tarefas ocorreu em um intervalo de poucos dias após outro contratempo de grande visibilidade. Na quarta-feira (29), um apagão global nos serviços de nuvem da plataforma Azure interrompeu por horas produtos como Microsoft 365, Xbox e Copilot para Segurança. Dados coletados em site de monitoramento de indisponibilidade registraram pico superior a 18 mil reclamações.
De acordo com a detentora da infraestrutura, a causa foi uma alteração incorreta de configuração no Azure Front Door, sistema que distribui tráfego entre servidores instalados em regiões distintas. O ajuste inadequado desencadeou reação em cadeia que propagou a falha para diferentes componentes, impactando empresas e consumidores em nível mundial.
Restauração dos serviços em nuvem
A companhia conduziu o retorno de forma gradual. Às 18h40 do mesmo dia, 98 % da disponibilidade global havia sido restabelecida. A normalização completa foi alcançada às 21h05. Um relatório técnico pormenorizado está previsto para duas semanas após o incidente, com explicações sobre a origem do erro e as medidas preventivas planejadas.
Correlação entre os acontecimentos
Embora o bug do Gerenciador de Tarefas e o apagão no Azure sejam falhas de naturezas diferentes — uma localizada no sistema operacional cliente, outra na infraestrutura de nuvem —, ambos ilustram a sequência de desafios técnicos enfrentados pela organização em um curto espaço de tempo. No primeiro caso, a distribuição de um patch facultativo gerou impacto direto no usuário final. No segundo, a alteração em configuração centralizada repercutiu globalmente em plataformas dependentes do serviço de borda.
Impacto na confiança do usuário
A multiplicação de processos em uma ferramenta nativa frequentemente utilizada para diagnosticar problemas de desempenho pode gerar frustração adicional, pois afeta justamente o recurso que ajuda no controle de consumo de recursos. Paralelamente, a indisponibilidade de serviços baseados em nuvem interrompe fluxos de trabalho corporativos e atividades de entretenimento, ampliando a percepção de instabilidade.
Próximos passos esperados
Para o bug do Windows 11, a expectativa é que uma atualização corretiva seja disponibilizada por meio do Canal Estável ou como hotfix fora do cronograma. O histórico de distribuição sugere que o pacote poderá ser cumulativo, incorporando outros ajustes em aberto. Enquanto isso, a orientação prática permanece focada nos métodos de encerramento manual ou por linha de comando.
Para o Azure, a divulgação do relatório técnico deverá detalhar a falha de configuração, os mecanismos de detecção, o processo de reversão e as barreiras adicionais que serão implementadas para impedir recorrências similares. Até lá, administradores de TI e desenvolvedores acompanham de perto possíveis resquícios de instabilidade.
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