Ativistas da flotilha de Gaza são deportados por Israel

Ativistas da flotilha de Gaza são deportados por Israel. Quatro cidadãos italianos já deixaram o país após serem detidos quando embarcações que levavam ajuda humanitária rumo à Faixa de Gaza foram interceptadas pela Marinha israelense, informou o Ministério das Relações Exteriores de Israel.
Segundo a polícia israelense, mais de 470 pessoas foram detidas desde quinta-feira (6). As autoridades afirmam que o processo de repatriação dos demais integrantes da flotilha Global Sumud Flotilla (GSF) está em andamento e deve ser concluído “o mais rápido possível”.
Ativistas da flotilha de Gaza são deportados por Israel
A última embarcação do grupo, a Marinette, foi abordada na manhã de sexta-feira (7) a cerca de 42,5 milhas náuticas da costa de Gaza, ainda em águas internacionais. Em comunicado, a GSF classificou a interceptação como “ilegal” e disse que transmissões ao vivo e comunicações foram cortadas logo após a abordagem.
Intercepção em águas internacionais
Israel declarou que os barcos se aproximavam de “zona de combate ativa” e violavam o bloqueio naval legalmente imposto ao território palestino desde 2007. Já os organizadores da flotilha alegam que o bloqueio é ilegal e que as embarcações transportavam apenas mantimentos e voluntários.
A organização também relatou o uso de canhões d’água contra ativistas e afirmou que todos estavam desarmados. Entre os passageiros, estaria a ativista sueca Greta Thunberg, mas o governo israelense não detalhou sua situação. Cinco das embarcações permanecem atracadas na base naval de Ashdod, de acordo com dados do site Marine Traffic citados pela BBC News.
Repercussão internacional
As interceptações provocaram protestos em vários países, incluindo uma paralisação geral na Itália. Em nota, o Itamaraty israelense garantiu que todos os detidos “estão seguros e em boas condições de saúde”. A GSF, por sua vez, pediu que governos e organismos internacionais pressionem Tel Aviv pela libertação imediata dos voluntários.
No total, 42 embarcações partiram para quebrar o bloqueio. A maioria não aparece em sites de rastreamento marítimo, mas relatos indicam que dezenas de ativistas foram transferidos para o navio-conteiner MSC Johannesburg antes de serem levados à costa israelense.
O episódio reacende o debate sobre a legalidade do bloqueio naval e desafia a comunidade internacional a buscar soluções para a crise humanitária em Gaza. Para saber como conflitos e tecnologia impactam o cenário global, continue acompanhando nossa editoria em onlinedigitalsolucoes.com.
Crédito da imagem: AFP via Getty Images
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