Ataque israelense no Iêmen deixa oito mortos, dizem Houthis

Ataque israelense no Iêmen provocou a morte de oito pessoas e deixou 142 feridos, segundo o Ministério da Saúde controlado pelos Houthis, após bombardeios conduzidos pela Força Aérea de Israel contra alvos na capital Sanaa.
O Exército israelense afirmou ter realizado sua “operação mais poderosa” no país árabe desde o início das hostilidades, atingindo instalações de segurança, inteligência e arsenais do movimento rebelde que domina o noroeste do Iêmen há uma década.
Ataque israelense no Iêmen deixa oito mortos, dizem Houthis
Testemunhas relataram colunas de fumaça negra em pelo menos três pontos da cidade, inclusive nos distritos de Maain e Sabaeen, além da estação elétrica de Dhahban. O bombardeio ocorreu minutos antes de um pronunciamento televisionado do líder Houthi, Abdul Malik al-Houthi.
Em comunicado, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, disse ter “entregue um golpe contundente em diversos alvos terroristas”. Já o porta-voz dos Houthis classificou o episódio como “crime de guerra” e resposta desproporcional à resistência palestina em Gaza.
A operação israelense foi motivada por um ataque de drones Houthis à cidade turística de Eilat, no Mar Vermelho, que deixou 22 feridos na quarta-feira, dois em estado grave. O Exército confirmou falha pontual no sistema Iron Dome, prometendo correções imediatas.
Desde outubro de 2023, quando começou o conflito entre Israel e Hamas, os Houthis lançaram centenas de mísseis e drones contra o território israelense e embarcações no Mar Vermelho e Golfo de Áden. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), mais de 98% desses artefatos foram interceptados.
Em 10 de setembro, um bombardeio semelhante em Sanaa e na província de al-Jawf resultou em 35 mortos, entre eles 31 jornalistas, tornando-se o ataque mais letal à imprensa em 16 anos, de acordo com o Comitê para Proteção de Jornalistas.
Analistas alertam que a escalada amplia o risco de um conflito regional prolongado. O IDF garantiu “novas ações ofensivas contra o regime Houthi em futuro próximo”, enquanto líderes rebeldes prometem retaliar.
No curto prazo, autoridades iemenitas temem novos danos a infraestruturas civis, já fragilizadas por quase uma década de guerra interna, agravando a crise humanitária no país.
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Crédito da imagem: Reuters
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