Ataque cibernético em Heathrow causa novo dia de atrasos

Ataque cibernético em Heathrow causa novo dia de atrasos. A falha no software de check-in e bagagens voltou a impactar milhares de passageiros neste domingo (28) em Heathrow e em outros grandes aeroportos da Europa.

O problema, provocado por um ataque que atingiu o sistema Muse da Collins Aerospace, forçou companhias aéreas a recorrerem novamente ao procedimento manual de embarque, com caneta e papel, e manteve filas extensas nos terminais.

Ataque cibernético em Heathrow causa novo dia de atrasos

Segundo o rastreador FlightAware, 47% dos voos que partiriam de Heathrow no sábado sofreram atrasos, e a situação permanece instável. O aeroporto informou que “a grande maioria das operações continua”, mas recomendou aos viajantes verificar o status do voo antes de sair de casa.

Impacto se espalha por Bruxelas, Dublin e Berlim

Em Bruxelas, a administração pediu às companhias o cancelamento de metade das partidas até a madrugada de segunda-feira. O aeroporto cancelou 44 voos dominicais e avisou que o check-in manual seguirá em vigor, com reforço de funcionários.

Dublin mantém o cronograma completo, embora algumas empresas ainda façam check-in à mão. Cork declarou não ter registrado impacto. Já Berlim-Brandenburgo orienta o uso de totens de autoatendimento e contabilizou 12 cancelamentos no sábado, com atrasos médios inferiores a 45 minutos.

Relatos de passageiros e respostas oficiais

Afetada pela suspensão do embarque de animais, a britânica Naomi Rowan precisou adiar a mudança para a Costa Rica e ficou hospedada num hotel com o cão Dusty até o próximo voo disponível. Outros passageiros relataram esperas superiores a duas horas para serem atendidos por telefone ou presencialmente.

A proprietária do sistema, a RTX, reconheceu a “interrupção relacionada a segurança cibernética” e disse trabalhar para restaurar a operação “o mais rápido possível”. A BBC apurou que a British Airways manteve suas partidas em Heathrow graças a um sistema de contingência próprio.

Autoridades monitoram o incidente

O Centro Nacional de Segurança Cibernética do Reino Unido, a Comissão Europeia e o Departamento de Transportes britânico acompanham a investigação. Analistas lembram que, em julho de 2023, uma falha global de software também expôs a fragilidade digital do setor aéreo.

No momento, passageiros cujos voos forem cancelados têm direito a reembolso ou reacomodação, conforme regulamentos europeus. Em casos de atraso superior a duas horas, a companhia deve oferecer assistência, como alimentação e hospedagem.

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Imagem: Reuters

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