Ataque cibernético ao sistema de check-in e bagagens Muse, da Collins Aerospace, desencadeou um segundo dia de atrasos em Heathrow e em outros grandes aeroportos europeus neste domingo (–/–), enquanto equipes técnicas correm para restabelecer a operação.
Segundo o operador do aeroporto londrino, “a maioria dos voos segue decolando”, mas 47% das partidas de sábado registraram atrasos, de acordo com a FlightAware. Passageiros continuam orientados a confirmar o status do voo antes de se deslocar.
Ataque cibernético paralisa check-in e causa atrasos em Heathrow
A pane teve origem no Muse, software que permite a várias companhias compartilharem balcões e portões. A controladora RTX confirmou a “interrupção relacionada a cibersegurança” e afirmou trabalhar para “resolver o incidente o mais rápido possível”, sem indicar prazo.
O aeroporto de Bruxelas permanece entre os mais afetados: pediu o cancelamento de 50% das decolagens até as 02h de segunda-feira (horário local) e mantém check-in manual com reforço de pessoal. Dublin opera agenda completa, embora algumas companhias prossigam no papel. Já Berlim-Brandemburgo recomenda check-in on-line e teve oito cancelamentos no sábado, com atrasos inferiores a 45 minutos.
A British Airways utiliza um sistema de contingência e funciona normalmente em Heathrow, enquanto outras aéreas registraram filas de horas. Passageiros relataram espera superior a duas horas e perda de conexões, sobretudo em rotas de longa distância.
Autoridades de cibersegurança do Reino Unido, a Comissão Europeia e o Departamento de Transportes britânico monitoram o caso. Especialistas ouvidos pela Reuters relembram o colapso global originado por uma atualização defeituosa em julho passado, sublinhando a vulnerabilidade do setor a falhas digitais.
Até o momento não há indícios de ataque mais amplo ou de impacto na segurança de voo, mas a recomendação geral é que os viajantes cheguem com antecedência e mantenham contato direto com suas companhias aéreas para remarcações e reembolsos previstos na regulamentação europeia.
No fechamento desta edição, a RTX não detalhou a causa da invasão nem divulgou estimativa para a normalização plena do sistema.
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Crédito da imagem: Reuters
