Ataque de 7 de outubro faz 2 anos com guerra em Gaza

Ataque de 7 de outubro completa dois anos nesta terça-feira (08) e o conflito entre Israel e Hamas continua sem solução, com negociações indiretas ocorrendo no Egito e protestos internos contra o governo israelense.
Milhares de pessoas reuniram-se no sul de Israel para homenagear as cerca de 1.200 vítimas, majoritariamente civis, mortas quando militantes invadiram bases militares, kibutzim e um festival de música. Outras 251 pessoas foram sequestradas; 48 permanecem em cativeiro e, segundo Tel Aviv, cerca de 20 ainda estariam vivas.
Ataque de 7 de outubro faz 2 anos com guerra em Gaza
A divisão política ficou evidente na separação entre a cerimônia organizada por famílias enlutadas, em Tel Aviv, e o evento oficial que o governo agendou para a próxima semana, segundo o calendário hebraico. Críticos atribuem ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a incapacidade de alcançar um cessar-fogo que traria de volta os reféns.
No enclave palestino, a ofensiva israelense já deixou mais de 67 mil mortos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, e deslocou 90% da população de 2 milhões de habitantes. Bombardeios intensos voltaram a atingir a Cidade de Gaza, provocando nova onda de fuga enquanto a crise humanitária se agrava. Organizações internacionais, como a BBC News, citam especialistas que alertam para risco de fome generalizada.
Em Reim, local do festival onde quase 400 pessoas morreram, sobreviventes e familiares se encontraram ao amanhecer. Às 6h29, horário exato do ataque em 2023, houve um minuto de silêncio. Relatos apontam que canções tocadas naquele dia foram reproduzidas para lembrar as vítimas.
Enquanto isso, em Sharm el-Sheikh, delegações de Israel e Hamas discutem, com mediação internacional, uma proposta de paz que incluiria trégua duradoura e troca de reféns. Hamas exige retirada total de forças israelenses da Faixa de Gaza; Netanyahu afirma que as operações continuam até a libertação de todos os cativos e o desarmamento do grupo.
Internamente, Israel enfrenta isolamentos diplomáticos e protestos semanais. Manifestantes acusam o governo de falhas de segurança no 7 de outubro e de negligência nas negociações para libertar os sequestrados.
Ao recordar as vítimas, familiares como Yehuda Rahmani, que perdeu a filha policial no festival, afirmam que a ausência de uma investigação oficial sobre as falhas de segurança aprofunda a dor. “Quando não se sabe o que ocorreu, tudo fica mais difícil”, disse.
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Crédito da imagem: Global News
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