Assentamento E1: Israel confirma construção na Cisjordânia
Assentamento E1: Israel confirma construção na Cisjordânia
Assentamento E1: Israel confirma construção na Cisjordânia após a aprovação final de 3.400 residências por um comitê do Ministério da Defesa israelense, encerrando um congelamento de duas décadas e reacendendo críticas internacionais sobre o futuro de um Estado palestino viável.
Assentamento E1: Israel confirma construção na Cisjordânia
O Conselho Superior de Planejamento da Administração Civil deu o aval definitivo para erguer 3.401 unidades habitacionais na área conhecida como E1, um território de aproximadamente 12 km² entre Jerusalém Oriental e o assentamento de Maale Adumim. Especialistas alertam que o projeto criará um corredor que separará o norte e o sul da Cisjordânia, dificultando a continuidade territorial palestina.
O ministro das Finanças Bezalel Smotrich, líder ultranacionalista que supervisiona o órgão de planejamento, afirmou que a aprovação “retira a ideia de um Estado palestino da mesa, não com palavras, mas com ações”. Ele também pressionou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a anexar formalmente a Cisjordânia.
A Autoridade Palestina classificou a decisão como ilegal e acusou Israel de “destruir” a possibilidade de dois Estados, fragmentando ainda mais o território. Segundo o órgão palestino, Jerusalém será isolada de seu entorno árabe e as cidades da Cisjordânia ficarão reduzidas a “enclaves cercados”.
Reações contrárias vieram de várias capitais. O chanceler britânico David Lammy declarou que a medida “dividiria um Estado palestino em dois” e violaria flagrantemente o direito internacional. O rei Abdullah II, da Jordânia, reiterou que a solução de dois Estados é “o único caminho para uma paz justa”. Já Berlim considerou a expansão de assentamentos um obstáculo direto às negociações. Em julho de 2024, a Corte Internacional de Justiça opinou que a presença israelense nos Territórios Ocupados é ilegal, recomendando sua retirada.
Desde 1967, Israel construiu cerca de 160 assentamentos, onde vivem 700 mil israelenses ao lado de 3,3 milhões de palestinos. Organizações como a Peace Now alertam que o avanço em E1 “sabota qualquer solução política” e empurra a região para um Estado binacional.
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Crédito da imagem: Reuters

Imagem: Internet