Aranhas saltadoras exibem sono REM: o que a ciência revela sobre o sono REM das aranhas

Aranhas saltadoras exibem sono REM: o que a ciência revela sobre o sono REM das aranhas

Palavra-chave principal: sono REM das aranhas

Pesquisadores registraram, pela primeira vez, a ocorrência de sono REM das aranhas em pequenos aracnídeos saltadores, detectando movimentos oculares rápidos e espasmos corporais que lembram as fases de sonho em mamíferos. As filmagens, publicadas em 2022 na revista Evolution, fornecem evidências de que até mesmo organismos com sistemas nervosos compactos entram em estados complexos de repouso noturno.

Índice

O que caracteriza o sono REM das aranhas

O fenômeno identificado nos experimentos foi marcado por três sinais claros: deslocamentos rítmicos dos tubos retinais, contrações nas patas e ciclos recorrentes ao longo da noite. O primeiro indicativo – o movimento ocular rápido – é o equivalente, nos aracnídeos, ao estágio REM dos humanos. Já os espasmos nas extremidades sugerem processamento de informações motoras enquanto o animal descansa. Ambos os elementos foram registrados repetidamente, definindo um padrão consistente de sono REM das aranhas.

Metodologia: como o estudo flagrou o sono REM das aranhas

Para captar os detalhes internos do olho, a equipe concentrou os testes em filhotes de aranhas saltadoras. Nessa fase, o exoesqueleto ainda é translúcido, permitindo filmagens diretas dos órgãos visuais. Cada aranha foi observada enquanto se prendia a um fio de seda, postura típica que garante segurança durante a noite. Equipamentos de alta resolução registraram a atividade ocular em intervalos regulares. O resultado foi a constatação de ciclos de 60 a 80 segundos de movimentos rápidos, alternados com períodos de imobilidade absoluta.

Comparação entre o sono REM das aranhas e o dos humanos

O estágio REM em humanos inclui rápida movimentação dos olhos, elevação da atividade cerebral e espasmos sutis em dedos ou braços. Na pesquisa, padrões quase idênticos surgiram nos pequenos aracnídeos: os tubos retinais balançavam em sincronia, enquanto patas tremiam de forma breve. Essa similaridade estrutural reforça a hipótese de que o sono REM das aranhas cumpre funções análogas às desempenhadas em mamíferos, como consolidação de memória ou processamento de experiências vividas.

Por que as aranhas saltadoras são um modelo ideal

A espécie analisada possui hábitos noturnos previsíveis. Ao escurecer, ela constrói um único fio de seda e permanece suspensa, reduzindo riscos de predadores terrestres. Esse comportamento diminui interferências externas, facilitando a captura de imagens claras. Além disso, o tamanho diminuto e a transparência do exoesqueleto juvenil geram um “janela” natural para visualizar estruturas internas, elemento crítico para flagrar o sono REM das aranhas sem procedimentos invasivos.

Evidências de atividade neural durante o sono

Embora o estudo não tenha medido impulsos elétricos diretamente, a correlação dos movimentos oculares com os espasmos de patas sugere intensa comunicação interna. Nos humanos, tais movimentos se associam a picos de ondas cerebrais responsáveis pela formação de sonhos. Em escala menor, os padrões observados indicam que essas aranhas também alternam entre fases de repouso profundo e períodos com possível atividade onírica.

Implicações evolutivas do sono REM das aranhas

Encontrar características de sono complexo em invertebrados altera a compreensão da trajetória evolutiva do descanso. Até o presente, a literatura associava fases REM sobretudo a vertebrados com cérebros desenvolvidos. Descobrir que a arquitetura neural simples das aranhas produz estados semelhantes amplia a linha do tempo da origem do sono ativo. A hipótese emergente é que a capacidade de “desligar” sem perder totalmente a atividade sensorial possa ter surgido cedo na história dos animais multicelulares.

Detalhes do comportamento noturno: suspensão em seda e espasmos

As filmagens revelaram que, durante cada ciclo de sono REM das aranhas, o fio de seda oscilava levemente quando as patas se contraíam. Esses espasmos duravam poucos segundos e retornavam a cada intervalo de repouso. Tais movimentos foram comparados aos chutes involuntários de cães que sonham correndo. A regularidade aponta para uma programação biológica, não para simples reflexos aleatórios.

Limitações e próximos passos na investigação

O estudo concentrou-se em aranhas juvenis de uma única espécie saltadora, limitando a generalização dos achados. A próxima etapa envolve testar grupos adultos, cuja carapaça opaca exigirá técnicas de imagem diferentes. Pesquisas futuras também buscarão determinar se insetos, como formigas ou besouros, exibem sinais equivalentes. Confirmar ou refutar a presença de sono REM das aranhas em outros invertebrados ajudará a mapear a distribuição desse comportamento pelo reino animal.

Consequências para neurociência e etologia

Ao comprovar que aracnídeos entram em sonos ativos, cientistas ganham um modelo simples e acessível para entender os mecanismos fundamentais de memória e aprendizado. Instrumentos que seriam inviáveis em mamíferos grandes podem ser testados em criaturas minúsculas de ciclo de vida curto. Assim, o sono REM das aranhas abre um novo campo de experimentação que conecta neurofisiologia, comportamento e evolução.

Fato final relevante

A revelação de que esses aracnídeos alternam estados de imobilidade com fases de intensa atividade ocular, mesmo possuindo um cérebro minúsculo, indica que o sono ativo não depende de uma estrutura neural volumosa. Esse dado amplia a investigação sobre a origem do sono nas próximas pesquisas com outros insetos e aracnídeos.

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