Apple investigada na França por gravações da Siri sem aval

Apple investigada na França por gravações da Siri sem aval

Apple investigada na França por gravações da Siri sem autorização: o Ministério Público de Paris apura se a empresa reteve e analisou interações dos usuários além do consentimento informado. O caso remete a denúncias de 2019, quando a companhia teria permitido que terceiros ouvissem áudios privados para melhorar a assistente de voz.

A investigação, conduzida pelo Escritório de Combate ao Cibercrime, foi aberta após queixa de uma entidade de direitos humanos, apoiada pelo depoimento do ex-terceirizado Thomas le Bonniec. Ele afirmou ter escutado milhares de conversas contendo dados sensíveis, momentos íntimos e informações capazes de identificar pessoas.

Apple investigada na França por gravações da Siri sem aval

Os promotores querem saber quantos áudios foram coletados desde 2014, por quanto tempo ficaram armazenados e quantos usuários foram afetados. Segundo documentos do processo, a Apple admite guardar registros por até dois anos para “aprimorar o serviço”, mas reforça que, após ajustes feitos em 2019, o compartilhamento passou a ser opcional.

A prática é semelhante à apontada nos Estados Unidos, onde a empresa pagou US$ 95 milhões, em dezembro de 2024, para encerrar ação coletiva sobre privacidade. Apesar da nova investigação, um porta-voz na França declarou que “os dados da Siri nunca foram usados para marketing, nem vendidos a terceiros”, reafirmando que apenas gravações autorizadas são revisadas.

O caso ganhou repercussão internacional; veículos como o Politico destacam que a abertura do processo, seis anos após a primeira denúncia, pode intensificar os debates sobre transparência no uso de assistentes virtuais.

Entre os pontos que os investigadores analisarão estão: quantidade de interações revisadas por subcontratados, segurança no armazenamento dos arquivos de áudio e mecanismos oferecidos ao usuário para gerenciar seus dados. A companhia poderá ser penalizada se ficar comprovado o descumprimento das regras europeias de proteção de dados (GDPR).

No Brasil e em outros mercados, a Apple segue permitindo que cada pessoa escolha entre compartilhar ou não suas gravações. A configuração pode ser alterada a qualquer momento nos ajustes de privacidade do iPhone.

O desenrolar do processo francês deverá indicar se outras autoridades europeias adotarão medidas semelhantes ou se as mudanças implementadas pela Big Tech serão suficientes para atender às exigências de proteção de dados.

Para acompanhar mais novidades sobre tecnologia e cibersegurança, visite nossa editoria em Ciência e Tecnologia e fique por dentro dos próximos capítulos deste caso.

Crédito da imagem: Wachiwit/Getty Images

zairasilva

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