Antologia Monstro confirma Lizzie Borden na quarta temporada e amplia debate sobre possíveis rumos futuros

Antologia Monstro confirma Lizzie Borden na quarta temporada e amplia debate sobre possíveis rumos futuros

Índice

Lead e fato principal

A antologia criminal Monstro, produzida por Ryan Murphy e Ian Brennan para a Netflix, alcançará a quarta temporada com a história de Lizzie Borden. O novo ciclo introduzirá a primeira protagonista feminina da série e reforçará a proposta de investigar como a sociedade constrói a figura do “monstro” a partir de crimes reais.

Retrospecto da antologia

A produção estreou abordando Jeffrey Dahmer, avançou para os irmãos Menendez e, mais recentemente, apresentou a trajetória de Ed Gein. Nas três ocasiões, a narrativa se apoiou em homens apontados como assassinos, discutindo arquétipos masculinos de poder, repressão familiar e impacto cultural dos crimes.

Além da recorrência dos protagonistas masculinos, outro traço em comum nas temporadas anteriores reside no recorte geográfico. Todos os casos tratados até aqui ocorreram nos Estados Unidos, o que dialoga com a origem da série, mas também delimita o alcance temático a uma perspectiva cultural específica.

O caso Lizzie Borden em detalhe

Lizzie Borden nasceu em 1860, na cidade de Fall River, Massachusetts. Em 1892, o pai, Andrew Borden, e a madrasta, Abby Borden, foram encontrados mortos a machadadas dentro da residência da família. Lizzie foi formalmente acusada e submetida a julgamento em 1893.

O tribunal considerou as provas circunstanciais insuficientes e a absolveu. Desde então, o episódio permanece cercado por dúvidas sobre autoria, motivação e dinâmica do crime, transformando-se em um dos mistérios mais debatidos da história criminal norte-americana.

No novo ano de Monstro, Lizzie será interpretada por Ella Beatty. A temporada promete se concentrar no limite entre culpa formal e percepção pública, aspecto que tornou o caso emblemático na cultura popular.

Criadores indicam foco em mulheres rotuladas como monstros

Ao confirmar Lizzie Borden, Ryan Murphy revelou intenção de explorar outras figuras femininas associadas ao termo “monstro”. Entre os nomes mencionados estão Elizabeth Báthory, nobre húngara acusada de torturar e matar criadas no século XVII, e Aileen Wuornos, condenada por múltiplos assassinatos na Flórida no fim da década de 1980.

Segundo os produtores, o objetivo não é enaltecer a violência, mas examinar culpa, gênero e influência da opinião pública. A introdução de protagonistas femininas representa mudança relevante na dinâmica da série e amplia o debate sobre quem é enquadrado como ameaça social e por qual razão.

Teorias de fãs sobre outros crimes norte-americanos

Com a expansão temática anunciada, espectadores passaram a listar casos que poderiam se adequar à proposta de Monstro. Três figuras frequentemente citadas são:

Albert Henry DeSalvo – conhecido como “Estrangulador de Boston”, foi responsabilizado por 13 mortes no início da década de 1960. A capacidade de abordar vítimas em domicílio e o clima de pânico urbano despontam como elementos narrativos de suspense.

Gary Ridgway – apelidado de “Estrangulador do Green River”, confessou dezenas de assassinatos cometidos nos anos 1980 e 1990. A investigação prolongada e as sucessivas manipulações do autor oferecem um arco recheado de reviravoltas.

Gerard Schaefer – policial e criminoso, utilizava a autoridade para atrair jovens mulheres. A sobreposição entre dever institucional e violência extrema configura material fértil para examinar confiança pública nas forças de segurança.

Embora esses nomes circulem em fóruns dedicados à série, os criadores declararam que evitam histórias centradas apenas em violência gratuita, citando Ted Bundy, John Wayne Gacy e o Golden State Killer como exemplos de casos que não pretendem filmar.

Casos internacionais apontados por espectadores

Outro ponto levantado pelo público diz respeito à possibilidade de sair do eixo norte-americano. A inclusão de crimes de outras regiões do mundo forneceria perspectivas culturais diversas sobre investigação, julgamento e memória social. Entre os exemplos mais destacados figuram:

Andrei Chikatilo (Rússia) – autor de mais de 50 assassinatos entre as décadas de 1970 e 1990, conhecido como “Açougueiro de Rostov”. A combinação de crimes múltiplos e contexto soviético permitiria abordar diferenças nos sistemas policiais e judiciais.

Pedro Alonso López (Colômbia, Equador e Peru) – acusado de matar cerca de 300 meninas nos anos 1970 e 1980. A itinerância transnacional do criminoso amplia o debate sobre cooperação internacional e fragilidades fronteiriças.

Harold Shipman (Reino Unido) – médico responsabilizado pela morte de mais de 250 pacientes através de injeções letais. O caso chama atenção para confiança institucional e ética profissional.

Jack Unterweger (Áustria) – escritor que conquistou notoriedade literária enquanto cometia assassinatos de prostitutas, evidenciando a construção midiática de figuras criminosas.

Charles Sobhraj (França/Índia/Nepal) – apelidado de “Serpente”, seduzia mochileiros no sudeste da Ásia. O perfil cosmopolita e o uso de múltiplas identidades geram discussões sobre turismo, imigração e jurisdição.

Tsutomu Miyazaki (Japão) – “Assassino Otaku” que matou quatro meninas no fim da década de 1980, caso frequentemente associado a debates sobre isolamento social e cultura pop.

Gilles de Rais (França) – nobre do século XV acusado de torturas e assassinatos de crianças. Por ocorrer em outra era histórica, colocaria em foco métodos judiciais pré-modernos e formação precoce do conceito de serial killer.

Possibilidades brasileiras ventiladas por usuários

Em círculos de discussão no Brasil, surgem sugestões para uma eventual adaptação nacional. Entre os exemplos citados estão:

Pedro Rodrigues Filho – conhecido como “Pedrinho Matador”, foi condenado por 71 homicídios. A trajetória inclui longos períodos em penitenciárias e morte recente.

Suzane von Richthofen – condenada pela morte dos pais em 2002, caso que atraiu forte atenção midiática e gerou produções cinematográficas.

Francisco de Assis Rocha – o “Maníaco do Parque”, responsável por assassinatos de mulheres em áreas verdes de São Paulo durante a década de 1990.

João Acácio Pereira da Costa – apelidado “Bandido da Luz Vermelha”, associado a roubos e homicídios em cidades do interior paulista.

Marcelo Costa de Andrade – o “Vampiro de Niterói”, autor de 14 assassinatos de crianças entre 1980 e 1991, mantido em instituições judiciárias psiquiátricas.

Até o momento, não há informação oficial sobre expansão da série para outros países, mas a experiência de produções globais da plataforma alimenta a especulação entre assinantes.

Estruturas narrativas em debate

Outra vertente de discussão envolve o formato de temporada. Algumas teorias sugerem que nem todos os crimes exigiriam narrativas extensas. Episódios duplos ou trilogias concisas poderiam permitir a inserção de casos menos conhecidos, mas igualmente perturbadores, sem perder profundidade investigativa.

Essa abordagem teria o potencial de multiplicar ângulos sobre o conceito de monstruosidade: psicológica, social ou moral. Além disso, abriria espaço para demonstrar variações de procedimento policial, reação pública e consequências jurídicas.

Perspectivas após a confirmação de Lizzie Borden

Com a quarta temporada em desenvolvimento, Monstro passa a incluir o gênero como eixo central de análise, mantendo firme a proposta de contextualizar o verdadeiro crime no tecido social. A adesão de espectadores e a lista de casos ventilados indicam que o interesse pela antologia continua elevado, enquanto o debate sobre próximos protagonistas permanece em aberto.

zairasilva

Olá! Eu sou a Zaira Silva — apaixonada por marketing digital, criação de conteúdo e tudo que envolve compartilhar conhecimento de forma simples e acessível. Gosto de transformar temas complexos em conteúdos claros, úteis e bem organizados. Se você também acredita no poder da informação bem feita, estamos no mesmo caminho. ✨📚No tempo livre, Zaira gosta de viajar e fotografar paisagens urbanas e naturais, combinando sua curiosidade tecnológica com um olhar artístico. Acompanhe suas publicações para se manter atualizado com insights práticos e interessantes sobre o mundo da tecnologia.

Postagens Relacionadas

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

Go up

Usamos cookies para garantir que oferecemos a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você está satisfeito com ele. OK