Animais em risco de extinção: 8 espécies no limite

Animais em risco de extinção sofrem pressões crescentes causadas por perda de habitat, caça, poluição e mudanças climáticas. A situação de muitas espécies chegou a um ponto crítico, exigindo respostas imediatas para conter o declínio populacional.

Entre os casos mais graves estão oito espécies distribuídas pela Ásia, África, América do Norte e polos, todas classificadas como criticamente ameaçadas ou vulneráveis pelos principais órgãos de conservação.

Animais em risco de extinção: 8 espécies no limite

Saola (Pseudoryx nghetinhensis) – Descoberto em 1992 nas montanhas Anamitas, entre Laos e Vietnã, o mamífero nunca sobreviveu em cativeiro. Estimam-se apenas algumas centenas de indivíduos, ameaçados por caça com cães e destruição de floresta.

Baleia-franca-do-Atlântico-Norte (Eubalaena glacialis) – Restam de 300 a 350 exemplares na costa leste dos Estados Unidos e Canadá. Colisões com navios, emalhes em redes de pesca e rotas migratórias alteradas pelo aquecimento dos oceanos impedem a recuperação da espécie.

Gorila-do-rio-Cross (Gorilla gorilla diehli) – A subespécie mais rara de gorila vive em fragmentos florestais entre Nigéria e Camarões. Menos de 300 animais enfrentam desmatamento, caça e baixa variabilidade genética.

Rinoceronte-de-Sumatra (Dicerorhinus sumatrensis) – O menor rinoceronte do mundo sobrevive em poucos refúgios na Indonésia e Malásia. A população, reduzida a algumas centenas, é vítima de caça e perda acelerada das florestas tropicais.

Urso-polar (Ursus maritimus) – Classificado como vulnerável desde 2006, depende do gelo marinho para capturar focas. O derretimento do Ártico, somado à exploração de petróleo e à poluição, coloca em risco a maior parte dos exemplares selvagens.

Rinoceronte-branco-do-Norte (Ceratotherium simum cottoni) – Depois da morte do último macho em 2018, restam apenas duas fêmeas no Quênia. Pesquisadores recorrem à fertilização in vitro para tentar salvar a subespécie dizimada pela caça de seus chifres.

Leopardo-de-Amur (Panthera pardus orientalis) – Adaptado ao extremo frio do leste russo, chegou a ter menos de 50 indivíduos. Esforços de conservação elevaram o número a algo acima de 100, mas a caça clandestina e incêndios florestais continuam ameaçando a sobrevivência do felino.

Vaquita (Phocoena sinus) – Endêmica do norte do Golfo da Califórnia, no México, sua população despencou de 600 para cerca de 10 indivíduos em pouco mais de duas décadas. A captura acidental em redes ilegais para pesca do totoaba levou o cetáceo à beira do desaparecimento.

Segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza, sem a adoção de políticas de proteção, fiscalização e reprodução assistida, esses animais em risco de extinção podem desaparecer definitivamente nas próximas décadas.

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Crédito: Imagem: Reprodução

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